A empresária Tânia Bulhões Grendene Bartelle, dona de uma loja de luxo acusada de fraude em importações, foi condenada ontem a quatro anos de reclusão e mais pagamento de multa pelos crimes de falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro nacional.
A pena de reclusão foi convertida em duas penas restritivas de direito. Tânia está proibida de realizar viagem ao exterior, por mais de dez dias, sem autorização judicial. Também está obrigada a prestar serviços à comunidade na entidade Fundação Dorina Nowill para cegos.
A troca da pena de reclusão por restrição de direito foi parte de um acordo feito entre Tânia e o Ministério Público Federal desde que ela confessasse os crimes cometidos e também indicasse outras pessoas que estavam envolvidas no esquema.
Outro lado. Em nota, o grupo Tânia Bulhões informou que a sentença "expressa trata-se de um caso extremamente pontual, que envolveu apenas uma das empresas do grupo, a Tânia Bulhões Home, relativa ao pagamento de impostos de importação, devidos entre 2005 e 2006, no montante atualizado pela Receita Federal de R$ 1,2 milhão, já incluindo multa e demais acréscimos". Segundo a empresa, o valor representa 0,1% do faturamento por ano do grupo.