Escola de tempo integral ajuda na reestruturação das famílias

A Superintendência Regional de Ensino, que compreende 25 municípios da região, mantém 22 escolas no regime de tempo integral. Para a diretora Vânia Célia Ferreira, a demanda é um apoio às famílias em que os pais precisam trabalhar. Por isso, logo no início das aulas, os estudantes comparecem às aulas, seguindo o desejo dos pais. “Essa escola também é direcionada para crianças que estão em condições de risco social. Elas aprendem lá, por exemplo, etiqueta na hora do almoço. A escola virou um centro social, não só de educação”, comenta.

Para esses locais, o professor tem que ter um perfil específico, porque já vai trabalhar com um aluno que acabou de sair da aula, ou seja, tem que perder a atenção. Com os pré-adolescentes, a atenção deve ser redobrada, como conta Vânia.

Ela alerta para uma situação que tem contribuído para a evasão escolar. Adolescentes do Probem são inseridos no projeto, trabalham durante o dia e acabam frequentando a escola no período noturno. “Temos evasão grande no ensino médio”, diz. E garante que a situação está sendo revista com os responsáveis pelo Probem para resolver o impasse. “A escola de tempo integral conseguiu tirar muita criança da rua, das drogas. Se ele tem condições de ficar, tem chance maior de conseguir dizer ‘não’ a outros caminhos”, avalia.