SALÁRIO EXTRA

Feirões podem ser oportunidade de usar o 13º para quitar dívidas

Especialistas orientam aproveitar o salário extra para organizar a vida financeira e limpar o nome

Raíssa Pedrosa/O Tempo
Publicado em 26/11/2025 às 09:52
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O 13º deve ser visto como grana extra e utilizado para organizar vida financeira, orientam especialistas (Foto/Pexels/imagem ilustrativa)

Diversas instituições financeiras estão oferecendo, entre novembro e dezembro, facilidades para quitação de dívidas, com descontos que chegam a 99%, como no caso das negociações mediadas pela Serasa. Os feirões para limpar o nome são oportunidades para o consumidor equilibrar as contas. As ações dão também chances de usar o 13º salário para aproveitar as ofertas - medida que é incentivada, inclusive, por especialistas que enxergam o 13º como uma forma de organizar a vida financeira. A primeira parcela do benefício deve ser depositada até 30 de novembro, enquanto a segunda cai na conta até 20 de dezembro.

O uso do 13º para quitar dívidas é uma das recomendações do gerente de Experiência do Cliente do Banco Mercantil, Guilherme Nunes. Ele explica que o primeiro passo é revisar o orçamento e entender a real situação financeira antes de decidir o destino do valor. “O ideal é dar um passo para trás e entender como estão as contas. Se há dívidas em aberto, priorize quitá-las, especialmente as que têm juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. Essa é uma maneira eficaz de aliviar o orçamento e evitar novos endividamentos”, explica.

 
O especialista recomenda, ainda, uma divisão prática para o uso do benefício: 50% para pagamento de dívidas, 30% para despesas sazonais (IPVA, IPTU, materiais escolares) e 20% para reserva financeira ou investimentos. Esse equilíbrio ajuda as famílias a passarem pelas despesas de início de ano sem apertos e a criarem o hábito de poupar, mesmo que com valores pequenos.
 
Para quem deseja usar parte do 13º para presentear ou organizar as festas de fim de ano, o planejamento também faz diferença. “Liste as pessoas que quer presentear, defina um valor máximo e evite compras por impulso. Quando possível, prefira pagamentos à vista, isso permite negociar descontos e garante um consumo mais consciente”, orienta Guilherme.

O economista e professor do Núcleo de Negócios do Instituto Mauá de Tecnologia Ricardo Balistiero reforça a importância de definir prioridades antes de gastar o 13º. “Quando o trabalhador se organiza, consegue quitar dívidas, aproveitar melhor as oportunidades do período e ainda criar uma reserva para o próximo ano”, afirma. “O 13º deve ser visto como uma receita extraordinária, ideal para liquidar dívidas antigas. Como muitos desses débitos têm juros altos, priorizá-los é a forma mais eficaz de aliviar o orçamento e começar o próximo ano com mais tranquilidade”, explica.

O professor ainda orienta planejar o ano seguinte e olhar para as contas do início do ano. “Planejar agora evita aperto em janeiro e ajuda a manter a saúde financeira organizada”, orienta. Outra opção de uso do 13º é construir uma poupança. “O 13º salário é a chance de formar uma reserva de emergência ou viabilizar planos importantes, como uma viagem ou a compra de um bem. É uma escolha que traz retorno no longo prazo”, comenta. “Quando bem planejado, o 13º salário se transforma em um aliado para um ano novo mais tranquilo financeiramente”, conclui.

Confira feirões para quitar dívidas

Uma das ações em curso é o Serasa Limpa Nome, que conta com mais de 1.600 parceiros e oferece até 99% de desconto e parcelas a partir de R$ 9,90. Até 29 de novembro, consumidores podem contar com o “Alô Serasa”, canal de atendimento por telefone voltado para consumidores que preferem atendimento humano, mas no conforto de casa. As oportunidades incluem, principalmente, dívidas não bancárias, como contas de luz e telefone.

Já para as dívidas bancárias, até 30 de novembro, os consumidores têm a chance de participar do Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira. As negociações podem ser feitas diretamente nos canais digitais dos bancos e pela plataforma consumidor.gov.br (é preciso ter conta Prata ou Ouro). Também é possível negociar presencialmente nos Procons participantes, até 28 de novembro.

Podem ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e demais modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras, que estejam em atraso e não possuam bens dados em garantia, nem dívidas prescritas.

Os bancos participantes oferecem parcelamento, descontos no valor da dívida ou ainda taxas de juros reduzidas para refinanciamento, conforme sua política de crédito. Os bancos participantes podem ser consultados no Portal Meu Bolso em Dia, da Febraban.

O Banco Inter também conta oportunidades para quitação de débitos. O Feirão Dívida Zero, que acontece até 31/12, oferece no Super App Financeiro oportunidade de renegociação com descontos que podem chegar a 98% e condições estendidas de pagamento. Os clientes podem parcelar acordos em até 48x, a depender do produto. 

A campanha abrange débitos de cartão de crédito (PF e PJ), cheque especial, crédito consignado, crédito imobiliário, crediário digital, FGI e Pronampe. As condições como percentual de desconto, entrada e número de parcelas variam conforme a política de cada produto.

Fonte: O Tempo

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