Medida amplia isenção para quem ganha até R$ 5 mil por mês, dá isenção parcial e também aumenta cobrança para aqueles com rendimento acima de R$ 600 mil ao ano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (26/11) a lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para contribuintes que recebem até R$ 5 mil mensais. A medida também estabelece descontos no imposto para rendas de até R$ 7.350. As novas regras passam a valer já para a declaração do próximo ano.
Para compensar a perda tributária, a proposição aumenta a tributação sobre altas rendas. Ela cria uma alíquota de até 10% para quem tem renda a partir de R$ 600 mil por ano — portanto, os que ganham mais que R$ 50 mil por mês. A alíquota é definida conforme o rendimento recebido, mas alcança 10% para quem ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano.
O Ministério da Fazenda calcula que 16 milhões de pessoas serão beneficiadas com as alterações. Hoje, são isentos do IR somente os brasileiros que ganham até R$ 3.036, o equivalente a dois salários mínimos.
Entenda como ficará a tributação
Mudança para os super-ricos
A perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção foi estimada pelo Ministério da Fazenda em R$ 27 bilhões em 2026. Para compensar, a proposta prevê taxar quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, o equivalente a R$ 600 mil por ano. A alíquota será gradual até 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano.
O valor inclui:
O projeto exclui do cálculo:
A tributação será em "escadinha":
Fonte: O Tempo.