O advogado Marcos Gonçalves, marido da docente, confirmou que o agressor, um homem branco ainda não identificado, cuspiu em Melina e a insultou (Foto/Reprodução)
A professora Melina Fachin, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e filha do ministro do STF Edson Fachin, foi agredida verbalmente e alvo de cuspes dentro do campus na última sexta-feira (12/9). Durante o ataque, ela foi chamada de “lixo comunista”.
O advogado Marcos Gonçalves, marido da docente, confirmou que o agressor, um homem branco ainda não identificado, cuspiu em Melina e a insultou. Em nota, ele atribuiu o episódio ao discurso de ódio da extrema-direita e relacionou a violência a recentes tumultos no campus envolvendo o vereador Guilherme Kilter (Novo-PR).
O caso citado ocorreu quando estudantes bloquearam o prédio de Direito da UFPR para impedir a realização da palestra “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?”, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O evento foi cancelado pela universidade, mas Kilter e o advogado Jeffrey Chiquini tentaram forçar a entrada, gerando confronto.
Em comunicado, o Setor de Ciências Jurídicas informou que, mesmo após o cancelamento, os organizadores insistiram em entrar no prédio. O texto também criticou a atuação das forças de segurança, que ingressaram sem autorização e de forma desproporcional.
Melina não estava presente no momento do conflito. Ainda assim, Kilter afirmou ter notificado judicialmente a professora e o reitor Marcos Sfair Sunye para que prestem esclarecimentos sobre o cancelamento do evento.