Gasolina e gás de cozinha devem ter reajuste

O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), elevou a projeção de reajuste no preço da gasolina, em 2011, de 4%, para 6,7%. Assim como a projeção para o reajuste no preço do gás de cozinha, passando de 0% para 2,2% nas refinarias. Essas alterações estão na ata da última reunião do Copom, que ocorreu entre os dias 18 e 19 de outubro, quando foram reduzidos os juros básicos (Selic) de 12% para 11,5%.

O economista Cássio Silveira explica que, quando existe essa projeção, o reajuste pode ser repassado ao consumidor, mesmo com as reduções de alíquotas, como ocorreu no preço da gasolina e no diesel. Recentemente, conforme divulgado pelo Jornal da Manhã, a Petrobras anunciou reajuste no preço desses dois produtos. No entanto, para não repassar ao consumidor, as alíquotas foram rebaixadas. “Se este preço for repassado ao consumidor final, haverá uma redução no poder de compras das pessoas, que nós chamamos de inflação, atualmente sob controle. Mas esses pequenos aumentos que acontecem e impactam diretamente o consumidor, como acontece com o gás e a gasolina, contribuem para diminuir a renda para o consumo e também uma parcela de renda disponível para a poupança”, explica.

As projeções de reajuste das tarifas de telefonia fixa e de eletricidade para o acumulado de 2011 foram mantidas em quase 0,9% e 4,1%. Segundo o Banco Central, esse conjunto de preços correspondeu a quase 29% do total do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (Ipca) de setembro, com base nos dados divulgados pelo IBGE.

Vale lembrar que neste ano ocorreram dois reajustes nos preços do gás de cozinha. Em setembro, quando houve a reunião do dissídio da categoria de revendedores de gás, o reajuste ao consumidor ficou em 8%.