De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, os indivíduos detidos foram enviados de volta a seus países de origem "em aviões militares"
Em uma grande ofensiva contra a imigração ilegal, autoridades dos Estados Unidos prenderam 538 imigrantes e deportaram "centenas" nos primeiros dias do segundo mandato do presidente Donald Trump. A informação foi divulgada na noite de quinta-feira (24) pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
De acordo com Leavitt, os indivíduos detidos foram enviados de volta a seus países de origem "em aviões militares". "A maior operação de deportação em massa da história está em andamento. Promessas feitas. Promessas cumpridas", escreveu a porta-voz em uma postagem na rede social X (antigo Twitter).
Ações contra imigração ilegal foram um pilar central da campanha de Trump, que reiterou a promessa de intensificar medidas rigorosas durante seu segundo mandato. Nos últimos dias, o presidente assinou decretos de "emergência nacional" para reforçar a segurança na fronteira sul, ampliou a presença militar na região e reiterou sua meta de deportar "milhões e milhões de estrangeiros criminosos".
As medidas desencadearam uma onda de críticas de lideranças locais e defensores de direitos humanos. O prefeito de Newark (Nova Jersey), Ras Baraka, denunciou a atuação de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), que, segundo ele, "invadiram um estabelecimento local (...) detendo moradores e cidadãos sem documentos, sem apresentar uma ordem judicial".
Organizações de defesa dos direitos dos imigrantes também criticaram as ações, apontando para um aumento nos casos de separação de famílias e violações de direitos humanos durante as operações.
No início da semana, o Congresso, controlado por uma maioria republicana, aprovou uma lei que amplia a duração da prisão preventiva de estrangeiros suspeitos de crimes. A medida é vista como parte de uma estratégia mais ampla para endurecer as políticas de imigração no país.
A administração Trump argumenta que tais medidas são necessárias para proteger a segurança nacional e garantir o cumprimento das leis de imigração. No entanto, opositores afirmam que a retórica dura e as ações agressivas aumentam a tensão nas comunidades de imigrantes e podem comprometer valores democráticos fundamentais.