Aumento súbito na quantidade de encomendas assustou as indústrias
Em época de eleição, as gráficas registram aumento nos lucros por causa do crescimento de encomendas para os candidatos. Mas este ano o ganho pode ser menor, em consequência da alta do papel. É que, com a maior procura, a oferta diminuiu e encareceu a matéria-prima para confecção dos santinhos e cartazes.
Para piorar a situação, houve uma convergência de fatores externos: terremoto no Chile, nevascas nos Estados Unidos e, com isso, as indústrias estão segurando o papel para inflacionar o mercado. A alta chega a 20% no papel cuchê, tipo mais utilizado na impressão de material político.
O presidente do Sindicato das Gráficas de Uberaba, Ronaldo Martins, conta que o aumento súbito na quantidade de encomendas assustou as indústrias de papel, que encareceram o produto, com medo de que ele faltasse. Mas, de acordo com o sindicalista, o mercado já está estabilizando e não deve faltar papel para as gráficas de Uberaba.
Pablo Perez, diretor de uma gráfica, explica que o papel vai continuar subindo de preço, pelo menos até o fim das eleições. “É o fabricante que passa o aumento para a gente. Está difícil de encontrar papel para comprar. Tomara que o preço se estabilize, mas ouvi dizer que vai continuar a subir até o encerramento da campanha política.”
O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 3 de outubro e o segundo, se confirmado, acontecerá no dia 31 de outubro.