NESTA TERÇA

Tarifaço de Trump entra em vigor e atinge mais de 3,8 mil produtos brasileiros

Novas taxas afetam 95 categorias de mercadorias

O Tempo
Publicado em 06/08/2025 às 08:11Atualizado em 06/08/2025 às 09:40
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EUA são o principal destino do café exportador pelo Brasil (Foto/Pexels/Reprodução)

EUA são o principal destino do café exportador pelo Brasil (Foto/Pexels/Reprodução)

A partir desta terça-feira (6/8) começa a valer no Brasil o tarifaço imposto pelos Estados Unidos. A medida estabelece uma sobretaxa de 50% sobre produtos nacionais, seguindo o cronograma definido no decreto publicado pelo presidente americano Donald Trump em 30 de julho. As novas taxas afetam 95 categorias de mercadorias, totalizando mais de 3,8 mil itens, segundo dados da Comissão de Comércio Internacional dos EUA, que levam em consideração as vendas do Brasil para os EUA no último ano. 

O Brasil foi o país que recebeu o maior percentual de tarifas adicionais. Em 30 de julho, foi anunciada a elevação de 40% sobre a sobretaxa de 10% já vigente desde abril. Ficaram de fora desse aumento 694 produtos brasileiros, como suco de laranja, aviões, castanhas, gás natural e fertilizantes — um conjunto que representa cerca de 45% das exportações do país para os EUA, segundo a Câmara Americana de Comércio no Brasil.

De acordo com levantamento da Secretaria de Comércio Exterior, a sobretaxa de 50% afetará 35,9% das exportações brasileiras para o mercado americano. Com base nos números de 2024, o impacto equivaleria a US$ 14,5 bilhões. O efeito não será ainda maior graças à lista de cerca dos 694 itens excluídos. A Embraer, fabricante de aeronaves, também obteve redução na alíquota.

O Brasil, no entanto, não ficará sozinho por muito tempo sob tarifas elevadas. Já nesta quinta-feira (7/8) outros países — como Japão, Coreia do Sul e membros da União Europeia — também terão aumentos nas taxas para exportar aos EUA. Nenhum deles, porém, será atingido com percentuais tão altos quanto os aplicados ao Brasil.

Diálogo travado

O tarifaço chega em meio a uma relação difícil entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, na última terça-feira, 5, Lula afirmou que não pretende telefonar para Trump para tratar do tema.

"Não vou ligar para o Trump para negociar nada (sobre o tarifaço), porque ele não quer", disse o presidente, acrescentando: "Mas pode ficar certa, Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente). Vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP (conferência global sobre mudanças climáticas, que acontecerá em Belém); quero saber o que é que ele pensa da questão climática".

Lula também criticou o fato de Trump não ter feito contato com ele ou com o vice-presidente Geraldo Alckmin para discutir o assunto. O anúncio do tarifaço foi feito por meio de carta publicada nas redes sociais. “O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil”, declarou. (Com informações do Estadão Conteúdo)

Fonte: O Tempo

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