Xeque Saleh al-Aruri foi morto na terça-feira. Do outro lado, Israel anuncia ter desmantelado estrutura militar do inimigo na Faixa de Gaza
Vista de Khan Yunis, território palestino, neste sábado (6/01/24), sob ataque de Israel (Foto/AFP)
O movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirmou que lançou 62 foguetes contra uma base militar no norte de Israel neste sábado (6), em retaliação à morte do número dois do Hamas, Saleh al-Aruri, em Beirute, nesta semana.
"Como parte da resposta inicial ao crime do assassinato do grande líder, o xeque Saleh al-Aruri (...) a resistência islâmica (Hezbollah) atacou a base de controle aéreo de Meron com 62 mísseis de vários tipos", afirmou o grupo libanês, um aliado importante do movimento palestino Hamas.
Um dos ataques atingiu uma casa no distrito de Saida, localizado a cerca de 25 quilômetros da fronteira entre Israel e o Líbano, segundo a Agência Nacional de Informação (ANI). O Hezbollah anunciou que seis combatentes morreram hoje, sem divulgar detalhes.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, que começou após um ataque do grupo islamista no qual 1.140 pessoas morreram em território israelense, a fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de combates entre as forças israelenses e o Hezbollah.
O assassinato de Aruri na última terça-feira, em um reduto do Hezbollah no sul de Beirute, levantou o temor de uma escalada dos conflitos. Israel não reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
O Exército israelense informou que detectou aproximadamente 40 lançamentos de foguetes desde o território libanês na manhã deste sábado. Sirenes antiaéreas soaram em cidades do norte de Israel e, posteriormente, nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel.
Em discurso feito ontem, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou Israel que o grupo lançará uma resposta à Norte de Aruri.
Israel 'desmantela' estrutura militar em Gaza
O Exército de Israel anunciou neste sábado que concluiu "o desmantelamento da estrutura militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza” e que irá se concentrar no desmantelamento do movimento islamita palestino no centro e sul daquele território.
“Faremos de outra forma. Isso leva tempo, não existem atalhos na luta contra o terrorismo”, declarou em entrevista coletiva o general Daniel Hagari, porta-voz do Exército de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu em que “a guerra não terminará até que tenhamos alcançado todos os nossos objetivos”, como “a eliminação do Hamas”, o retorno dos reféns e que “Gaza não seja uma ameaça a Israel".
Fonte: O Tempo