Consta na investigação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, que contou com a quebra do sigilo telefônico dos acusados
Consta que em investigação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Uberaba, que contou com a quebra do sigilo telefônico dos acusados, em 2008, o então diretor de Logística da Secretaria Municipal de Saúde procurou um dos sócios de uma empresa especializada em manutenção de veículos e fez um “convite” para que a empresa assumisse a execução desse serviço na secretaria. O diretor teria afirmado ainda que a empresa deveria providenciar orçamentos de outras empresas, apontando valores superiores aos que pretendia apresentar.
Com proposta aceita, a empresa procedeu à elaboração de orçamentos falsos, com as participações de pessoas ligadas à empresa especializada na manutenção de veículos automotores e de servidores públicos até 2010. Os orçamentos falsos serviram para justificar gastos no valor de R$ 352.134,41.
De acordo com o promotor José Carlos Fernandes, após análise de prestação de contas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), membros do Conselho Municipal de Saúde constataram indícios da existência de orçamentos falsos para manutenção de ambulâncias. No decorrer das investigações, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público descobriu que, a então chefe de seção de Requisição de Contratos da Prefeitura Municipal de Uberaba, entre 2008 e 2010, inseriu declarações falsas em 139 mapas de cotações de preços.
Para o promotor de Justiça, “ficou comprovada a prática de improbidade administrativa, decorrente de inequívoco dolo dos denunciados, configurando inegável a prática de graves crimes, como a formação de quadrilha, falsificação de documentos particulares, entre outros”.