John Humberto da Silva foi condenado ontem a 30 anos de prisão por duplo homicídio qualificado dos irmãos enxadristas Cláudio Garcia Fernandes, 16 anos, e Rodrigo Soares, 21
John Humberto da Silva foi condenado ontem a 30 anos de prisão por duplo homicídio qualificado dos irmãos enxadristas Cláudio Garcia Fernandes, 16 anos, e Rodrigo Soares, 21. Jurados recusaram a tese da defesa e John foi condenado no Tribunal de Júri de Uberaba a 15 anos para cada homicídio.
Os dois irmãos foram mortos no bairro Boa Vista, em abril de 2007. E, nos autos, o promotor Carlos Valera afirma que o crime foi motivado por disputa de ponto de venda de droga.
John, com 21 anos na época, estava com um irmão menor de idade quando ocorreu este crime. Seu irmão tinha quase 17 anos em abril de 2007, ficou internado no Caresami quase três anos para cumprir medidas socioeducativas e já foi liberado.
De acordo com o advogado criminalista Leuces Teixeira, defensor de John, ele já estava preso e permanecerá na Penitenciária Aluízio Ignácio de Oliveira para a aplicação da lei penal. “Foi indeferido o recurso de liberdade, embora iremos recorrer da condenação”, informa.
Ainda segundo o criminalista, John já tinha antecedentes criminais e era reincidente, o que fez com que fosse condenado a pena superior à mínima, de 12 anos. “Agora, ele terá que cumprir três quintos para começar a ter progressão da pena”, explica.
Sentença de pronúncia contra o réu foi publicada em 2008 pelo juiz Daniel Botto Collaço, que viu no processo indícios suficientes para que John tivesse sua conduta avaliada pelos integrantes do Tribunal de Júri de Uberaba.
As vítimas foram executadas por volta de 19h do dia 24 de abril de 2007, na rua Menino José de Almeida, altura do número 383, no bairro Boa Vista. O crime foi presenciado por várias testemunhas. O réu está preso desde agosto daquele ano, sendo capturado depois de quatro meses do duplo homicídio.
Presidiu o Tribunal do Júri no Fórum Melo Viana, ontem, a juíza Cíntia Fonseca Nunes de Moraes. A sessão teve João Vicente Davina como o promotor de acusação.