Experiência oferecida nas vendas presenciais deve ser diferencial, de acordo com presidente do Sindicomércio Uberaba
Apesar de suas raízes no Brasil partirem das vendas online, a Black Friday já se inseriu no calendário do varejo e hoje pode-se dizer que domina mais as lojas presenciais do que as virtuais. É o que aponta a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) de Minas Gerais. Segundo dados divulgados, 37,1% das lojas físicas analisadas devem realizar ações para a data, em detrimento de 21,9% das lojas virtuais.
Segundo o presidente do Sindicomércio Uberaba, Luciano Ciabotti, a interação entre consumidor e vendedor é o plus que pode garantir maior lucro nesta sexta-feira (24). “Esse é o mote da necessidade, porque alguns produtos você consegue comprar, a gente chama o produto de prateleira, que aquele você vai comprar uma TV marca ‘x’, 32 polegadas, você compra em qualquer lugar. Mas se você quiser comprar um brinco se você quiser comprar uma camisa, não tem como experimentar. Então, isso acaba gerando a necessidade da pessoa ir até a loja. E o que mais chama a pessoa para ir até a loja é o preço”, pontua Ciabotti.
A pesquisa ainda informa que 37,3% das empresas mineiras irão praticar ofertas da data neste ano. Dessas, 39,3% dos empresários acreditam que não haverá empecilhos que possam atrapalhar as vendas durante o período. Contudo, 20,7% apontaram baixo fluxo no comércio, 15,7% a cautela por parte do consumidor e 14,3% o desemprego/falta de dinheiro como fatores a impactar negativamente na Black Friday.
Questionado se a Black Friday poderia tomar o lugar do Natal na posição de datas mais lucrativas, o presidente do Sindicomércio afirma que é possível. No entanto, Luciano aponta que é mais provável que os comerciantes encontrem novas formas de inovar e contornar a situação.
“O brasileiro vai achar uma alternativa diferente. Eu acho que ele já está no caminho, o comércio está em promoção há anos. O que vai acontecer é que, com certeza, eles vão achar uma maneira, não de brecar o Black Friday, mas é de competir com preço do produto”, analisa Ciabotti.