A avaliação realizada pela ANS e divulgada nesta quarta-feira (26) aponta que aproximadamente 20 milhões de brasileiros têm planos de saúde considerados ruins ou medianos
Para Eclair, os planos não apresentam boa disponibilização de serviços
A avaliação realizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e divulgada nesta quarta-feira (26) aponta que aproximadamente 20 milhões de brasileiros têm planos de saúde considerados ruins ou medianos. Essa quantidade corresponde a 45% das pessoas que utilizam o serviço em todo o país.
A avaliação analisou a situação de 1.103 planos em quatro categorias: qualidade da assistência prestada ao cliente, estrutura de atendimento oferecida, situação econômico-financeira e atendimento. Do total avaliado, 743 tiveram pontuação inferior a 0,60, numa escala que vai até 1. Os planos tiveram nota entre as duas faixas mais baixas de pontuação e somou 437. O restante, 306 planos, registrou a pontuação média.
Segundo a advogada Eclair Gonçalves Gomes, todo plano de saúde apresenta uma proposta, que posteriormente poderá ser contratado pelo cliente. “O que percebemos é que existe um padrão dos planos de saúde. No entanto, caso seja possível uma adequação mais satisfatória para o consumidor, existe uma majoração dos preços muito elevada, fazendo com que as pessoas não tenham muita opção”, ressalta.
Ela acredita que a pesquisa também é muito boa para os consumidores. Sobre os atendimentos realizados na cidade, ela considera que são ruins. “Por ser plano de saúde, não tem um bom atendimento e não apresenta boa disponibilização de serviços para as pessoas. O cliente tem que entender o contrato ao qual está aderindo. Qualquer questionamento tem que ser feito antes de assinar o contrato”, avalia, acrescentando que a Agência deve intensificar a vigilância em relação às operadoras, tendo em vista que são serviços caros.
Ainda sobre os planos de saúde, o diretor do Procon, Sebastião Severino, afirma que a cidade foge do cenário nacional em reclamações quanto aos serviços prestados pelas empresas. O índice na cidade chega a 1%. As maiores ocorrências estão relacionadas aos contratos.