Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi condenado a dois anos em regime aberto e passa por audiência nesta segunda; sessão marca início da execução da pena

Cid está proibido de usar redes sociais, portar armas ou manter contato com outros investigados pelos atos de 8 de janeiro. Ele também não poderá deixar o país, devendo entregar os passaportes, e precisará se recolher à noite e nos fins de semana (Foto/Reprodução)
De cabeça baixa e em silêncio, o tenente-coronel Mauro Cid chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por volta das 13h30 desta segunda-feira (3/11) para dar início ao cumprimento de sua pena de dois anos de detenção em regime aberto.
Acompanhado dos advogados Cezar e Vânia Bittencourt, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) entrou pela garagem do anexo II do tribunal, evitando contato com jornalistas.
O objetivo da audiência, que é fechada e marcada para as 14h, é comunicar a Cid e à defesa as condições impostas pela Justiça para o regime aberto, como determina a lei de execução penal.
Entre as restrições, Cid está proibido de usar redes sociais, portar armas ou manter contato com outros investigados pelos atos de 8 de janeiro. Ele também não poderá deixar o país, devendo entregar os passaportes, e precisará se recolher à noite e nos fins de semana.
Além disso, deve comparecer semanalmente à Justiça e não poderá sair do estado sem autorização judicial. A tornozeleira eletrônica, porém, será dispensada, mas será retirada no Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, ligada à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
Delator da trama golpista
Condenado em setembro pela Primeira Turma do STF, Mauro Cid foi um dos principais nomes investigados por tramar a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A pena de dois anos em regime aberto foi fixada em razão de colaboração premiada e confissão de participação, que reduziram sua condenação inicial.
Fonte: O Tempo