SETEMBRO VERDE

Minas Gerais deve bater recorde de transplantes em 2025, projeta MG Transplantes

Estado já registrou aumento de 8% no primeiro semestre e pode superar 2 mil procedimentos até o fim do ano

Publicado em 29/08/2025 às 21:56
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A doação transforma vidas. Hoje, Itamar retomou sonhos, viaja sem amarras e vive com esperança graças ao transplante realizado em Minas Gerais (Foto/Francis Campelo)

A doação transforma vidas. Hoje, Itamar retomou sonhos, viaja sem amarras e vive com esperança graças ao transplante realizado em Minas Gerais (Foto/Francis Campelo)

Minas Gerais deve encerrar 2025 com um novo recorde de transplantes. Apenas no primeiro semestre, o estado já registrou um crescimento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado — que havia sido um dos melhores desde a pandemia. A expectativa do MG Transplantes, coordenado pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), é ultrapassar a marca de 2 mil procedimentos até dezembro.

Segundo o diretor do programa, Omar Lopes Cançado, a meta é ampliar em pelo menos 10% o número de doações a cada ano. “Este crescimento mostra que estamos no caminho certo. Nosso objetivo em 2025 é superar o ano passado, que foi histórico para Minas, com mais de 2 mil transplantes realizados”, afirmou.

Um recomeço

A doação de órgãos representa uma nova chance de vida. O bancário Itamar Borges Junior, de 45 anos, passou por um transplante de rim e pâncreas em 2014, após enfrentar complicações decorrentes do diabetes. O procedimento, realizado no Hospital Felício Rocho, transformou sua trajetória.

“Uma vontade que tinha era sair das agulhas de hemodiálise e insulina para poder viajar sem amarras. Hoje dá para ir à praia sem preocupações e, se pudesse, até moraria lá”, conta. Ele afirma que a cirurgia devolveu dignidade e esperança: “Depois do transplante a vida ficou quase normal. Voltei a viver com esperança. Mesmo em meio à perda, salvaram minha vida”, agradeceu à família doadora.

Avanços em capacitação e logística

Em 2025, o MG Transplantes intensificou a capacitação de equipes médicas e multiprofissionais, com treinamentos no diagnóstico de morte encefálica e na abordagem às famílias sobre a doação. Também foram realizados cursos em parceria com a Fundação Educacional Lucas Machado (Feluma) para descentralizar a captação de córneas.

Os resultados já aparecem: foram realizados 980 transplantes de córneas em 2024, e apenas no primeiro semestre de 2025 o número já se aproxima de 700. A previsão é chegar a 1.200 procedimentos até o fim do ano, um aumento superior a 20%.

Outro avanço foi a parceria inédita com consórcios municipais de saúde, que possibilitou a realização de exames complementares para confirmação da morte encefálica em hospitais do interior. A medida já resultou em mais de 60 transplantes neste ano. “Além das córneas, os transplantes de órgãos também devem crescer, graças à combinação entre melhor logística, capacitação e estruturação das equipes de saúde em todo o estado”, projetou Cançado.

Campanha Setembro Verde

Apesar dos avanços, o grande desafio ainda é a recusa familiar. Hoje, cerca de 45% das famílias não autorizam a doação. Cançado reforça que campanhas como o Setembro Verde são fundamentais para ampliar a conscientização.

“Se as pessoas falarem em vida que são doadores, é muito mais fácil para a família tomar a decisão caso aconteça o diagnóstico”, destacou.

*Com informações da Agência Minas

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