O Ministério Público Eleitoral (MPE) reapresentou na sexta-feira (1º) à Justiça o pedido de cassação do registro do candidato a deputado federal pelo PR, Francisco Everardo de Oliveira da Silva, o Tiririca, sob a alegação de falsidade documental e ideológica. De acordo com o promotor Maurício Antonio Ribeiro Lopes, um laudo do Instituto de Criminalística mostra que a declaração apresentada pelo candidato ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), afirmando que sabe ler e escrever, foi redigida por outra pessoa.
A lei exige que o candidato declare por escrito de próprio punho que sabe ler e escrever, quando não tem como comprovar a escolaridade, como é o caso de 'Tiririca'. A perita criminal Gláucia Tacla constatou que o autor do manuscrito possui mais habilidade para escrever do que procurou demonstrar.
Para o promotor, a declaração foi feita por outra pessoa. "É falsa, é uma fraude", disse. Ele pediu a cassação do registro e, caso Tiririca se eleja, que seja impedida sua diplomação. O pedido será julgado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Silveira, que já havia recusado a denúncia contra Tiririca por falsificação do documento. "Agora temos uma prova pericial da fraude", disse o promotor.