A recomendação é que pessoas com 60 anos ou mais recebam duas doses da vacina contra a Covid-19 por ano
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a caderneta de vacinação da ministra será atualizada nesta semana (Foto/Rafaela Araújo/Folhapress)
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, deixou de seguir a recomendação de sua própria pasta ao não tomar as duas doses de reforço da vacina contra a Covid-19 em 2024. Seu cartão de vacinação, que registra um total de seis doses desde o início da pandemia, indica que a última aplicação ocorreu em fevereiro de 2024.
A recomendação do ministério é que pessoas com 60 anos ou mais recebam duas doses da vacina contra a Covid-19 por ano. A ministra, que tem 67 anos, se enquadra nesse grupo.
Desde dezembro de 2024, a vacinação contra Covid-19 passou a compor o Calendário Nacional de Vacinação para idosos a partir de 60 anos e gestantes.
Segundo informe técnico, a orientação é que essa população tome uma dose a cada seis meses. O caso foi divulgado pelo Metrópoles e confirmado pela Folha.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que a caderneta de vacinação da ministra será atualizada nesta semana. A pasta também confirmou que ela recebeu apenas seis doses da vacina.
"Para a população a partir de 60 anos de idade a recomendação é o recebimento de uma dose a cada seis meses, independentemente da quantidade de doses prévias recebidas", disse o informe técnico.
O documento também destaca que pessoas com 60 anos ou mais têm acesso a três vacinas contra o vírus: Moderna, Pfizer e a do Instituto Serum, representado pela farmacêutica Zalika.
Essa última estava prevista para continuar sendo usada no esquema vacinal de 2025, mas a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) negou o pedido de atualização da vacina do Instituto Serum.
No ano passado, o Ministério da Saúde concluiu a compra de 69 milhões de doses de vacinas contra a Covid. O contrato previa imunizantes com cepas atualizadas, visando garantir a proteção da população pelos próximos dois anos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendou a atualização dos imunizantes para a cepa JN.1, atualmente a mais prevalente. Hoje, as vacinas disponíveis para a população ainda são direcionadas à cepa XBB.
De RAQUEL LOPES
Fonte/ O Tempo