Mulher tentou levar coroa de flores à casa de Lula, mas saiu presa (Foto/NELSON ALMEIDA/AFP)
Uma mulher levou uma coroa de flores para a residência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, nesta quinta-feira (19), mas deixou o local presa após um xingamento racista a um agente da Polícia Federal (PF).
Vídeos publicados nas redes sociais mostram a mulher retirando uma coroa de flores do porta-malas do carro e deixando em frente à casa de Lula no fim da manhã de quinta-feira. O veículo tinha cartazes com montagens contrárias a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes.
Logo depois, seguranças retiraram o objeto do local e pediram esclarecimentos à mulher, identificada como Maria Cristina de Araújo Rocha, de 76 anos. Ela é a pensionista militar do Exército
Descontente com a abordagem, Maria volta para o carro e diz, gritando, a um agente da Polícia Federal: "Eu não vou fugir, seu macaco". Imediatamente, ela foi detida e deverá responder pelo crime de injúria racial, com risco de cumprir uma pena de até 5 anos de prisão e multa.
Lula retornou a Brasília no início da tarde desta quinta-feira após realizar uma tomografia e ser liberado por sua equipe médica. Ele passou dez dias em São Paulo para fazer dois procedimentos na cabeça, em função de uma hemorragia intracraniana diagnosticada em 9 de dezembro.
Não há compromissos oficiais previstos na agenda do presidente para esta quinta-feira, mas ele deve permanecer no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, onde pode receber visitas de ministros e auxiliares, como já vinha fazendo nos últimos dias em São Paulo.
Entenda
Lula procurou atendimento médico na noite do dia 9 de dezembro, depois de passar o dia indisposto e sentir dores de cabeça. Uma ressonância magnética realizada no Hospital Sírio-Libanêse, em Brasília, mostrou uma hemorragia intracraniana, consequência da queda que o presidente sofreu no Palácio da Alvorada em 19 de outubro.
Ele foi transferido para o Sírio-Libanês em São Paulo e, onde na mesma noite (9) passou por uma cirurgia para drenar o hematoma intracraniano. A intervenção, chamada de trepanação, consiste na realização de uma perfuração no crânio para acessar a parte cerebral.
A operação ocorreu sem intercorrências, mas Lula permaneceu monitorado na UTI. Na quinta-feira (12), foi realizado um procedimento complementar para evitar novos sangramentos: a embolização da artéria meníngea média, que interrompe o fluxo sanguíneo em uma área específica, parte do protocolo em casos como o do presidente.
No mesmo dia, ele teve retirado o dreno intracraniano colocado na primeira cirurgia. Ja na última sexta-feira (13), Lula passou a ser monitorado de forma menos rígida, quando deixou a UTI. O acompanhamento passou a ser feito com intervalos, ao invés de forma contínua, como anteriormente.
Em todas as atualizações médicas, foi informado que Lula estava "neurologicamente perfeito", "cognitivamente bem" e "apto a exercer qualquer tipo de trabalho", sem sequelas.
Fonte: O Tempo
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