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Mulheres festejam conquista de espaço

Pela primeira vez na história, o país tem como presidente da República, principal cargo público, uma mulher

Helena Cunha
Publicado em 27/02/2011 às 18:25Atualizado em 20/12/2022 às 01:26
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Pela primeira vez na história, o país tem como presidente da República uma mulher. Esse é o principal cargo público que uma pessoa pode ocupar no Brasil. Essa é apenas mais uma conquista do sexo feminino durante dezenas de anos, desde que as mulheres travaram uma grande batalha para conquistar seus direitos no mercado de trabalho.

O Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março, que neste ano irá coincidir com a terça-feira de carnaval, é uma data histórica em que é simbolizada a primeira reivindicação daquele que é considerado o sexo frágil. Neste dia, no ano de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos de Nova York fizeram uma greve para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como redução na carga diária de trabalho, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. No Brasil, o marco na história da mulher foi a instituição do voto feminino, em 1932, depois de muitos anos de reivindicações e discussões. Esses fatos eram apenas o começo. De lá para cá, algumas batalhas foram vencidas por elas, mas há várias outras que ainda virão.

A população brasileira, segundo o censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 190.732.694 pessoas. Em Uberaba são, oficialmente, 296.000 pessoas, sendo 144.473 homens e 151.527 mulheres, ou seja, 51,19% da população uberabense é feminina.

Desde a década de 80, vem crescendo de maneira regular a proporção de domicílios com chefes mulheres. Conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), também realizada pelo IBGE, em 1995, 22,9% das famílias eram chefiadas por mulheres. De acordo com o censo, atualmente esse percentual é de 26%.

Talvez por esse motivo, a mulher teve que sair e lutar por seu espaço no mercado de trabalho e tem conquistado cada vez mais o emprego.

No último estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi constatado que as mulheres mantêm inserção elevada no mercado de trabalho no estado de Minas Gerais.

Profissões. Com o avanço no número de mulheres no mercado de trabalho, profissões que até pouco tempo não eram dominadas pelo sexo feminino são executadas hoje por elas.

Exemplos disso em Uberaba são a jurada da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Icce Cadetti Garbellini, e a DJ Daniela Salci. Ambas atuam em áreas que há alguns anos eram ocupadas, exclusivamente, por homens.

Técnica da ABCZ há 12 anos, Icce exerce também a profissão de jurada há sete anos. Ela explica que, apesar de trabalhar em um ambiente onde a maioria dos profissionais é homem, ela nunca sofreu preconceito diretamente. “A dificuldade é conseguir que criadores e demais técnicos acreditem no meu potencial, na minha capacidade técnica. Certamente, por ser mulher, isso requer mais tempo, muita dedicação, empenho e amor à profissão”, completa.

Já a DJ Daniela Salci, que atua profissionalmente há um ano, acredita que foi poupada do preconceito, pois entrou em cena num momento em que muitas mulheres vêm se despontando no segmento, chegando a estar entre as melhores no ranking.

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