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Novo golpe do Pix: relato de jornalista viraliza

Jornalista relatou que um suposto atendente do Itaú, munido de informações sigilosas, pediu para que ela "devolvesse" valores de supostas transferências

O Tempo
Publicado em 08/02/2023 às 20:47Atualizado em 08/02/2023 às 21:41
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A nova tática dos golpistas, segundo o depoimento, seria convencer uma pessoa a fazer transferências para contas bancárias (Foto/Reprodução)

Um relato sobre um golpe cibernético elaborado viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (8) e já foi visto por mais de 2 milhões de usuários da rede. A nova tática dos golpistas, segundo o depoimento, seria convencer uma pessoa a fazer transferências para contas bancárias após ter recebido supostos depósitos para desfazer um engano. 

A jornalista Marcella Centofanti usou o Twitter para contar que quase caiu no golpe do pix depois de receber a ligação de um suposto funcionário do banco Itaú, em que ele dizia que a conta dela havia sido bloqueada após uma invasão de hackers. De posse dos dados sigilosos da correntista, o golpista a convenceu que era mesmo um atendente do banco.

Depois de uma longa conversa, o homem teria dito que seria necessário devolver valores que teriam sido transferidos para a conta dela. 

“Depois de me cozinhar por uns 20 minutos, ele perguntou se eu havia acessado a minha conta a partir de dois iPhones dois dias antes. Neguei. Segundo ele, esses telefones haviam acessado a minha conta, em Santo André. Na sequência, ele perguntou se eu reconhecia três depósitos em valores de 9 a 10 mil reais cada um. Citou os nomes e os bancos dos endereçados. Neguei veementemente, a essa altura completamente desesperada" relatou a jornalista.

Neste momento, ela sacou que algo estava errado. "Aí vem o golpe. Ele pediu pra eu entrar na área de transferência do aplicativo pra desfazer a transação. Ele queria que eu fizesse a mesma transferência que o bandido do IPhone de Santo André fez, com o mesmo valor, pra mesma conta. Dessa forma, o banco reconheceria a duplicidade e cancelaria a operação”, completou.

Quando percebeu que poderia estar sendo vítima de um golpe, Marcella exigiu falar com a gerente. O golpista chegou a argumentar, dizendo “que, se a operação não fosse cancelada até as 15h47 (algo assim, um número exato e próximo daquela hora), o Itaú não se responsabilizaria pela fraude”.

Mesmo depois de encerrar a ligação com o golpista e falar com a gerente, Marcella recebeu novamente uma ligação de uma suposta golpista (se passando pela gerente). “Já se passaram horas, mas ainda estou bastante nervosa com a situação, me sentindo vulnerável. Como assim os bandidos têm acesso a dados tão sigilosos da minha conta bancária? Como posso dormir tranquila sabendo que não vou acordar amanhã com a minha conta raspada? O que o Itaú vai fazer para garantir a segurança dos meus dados e das minhas finanças?”, questionou pelo Twitter.

“Até agora não faço ideia de como isso aconteceu. Nenhuma outra pessoa tem acesso ao meu app. A senha de lá era única. Não clico em links de banco. Reparem que o bandido não me pediu nenhum dado”, desabafou, levantando uma suspeita de que alguém de dentro da instituição bancária poderia estar vazando seus dados sigilosos. 

Procurado pela reportagem, o Itaú Unibanco afirmou que “caso receba ligação com esse tipo de abordagem ou esteja em dúvida sobre a veracidade do contato, o cliente deve desligar imediatamente e, a partir de outro aparelho telefônico, entrar em contato com a central de atendimento ou com seu gerente bancário".

Confira o posicionamento do Itaú na íntegra:

“O Itaú Unibanco tem a segurança e a proteção de dados como prioridades e investe continuamente em tecnologias para o fortalecimento de sistemas, aplicativos e sigilo de informações, além de seguir com rigor todas as diretrizes dos órgãos reguladores. 

O banco reforça as orientações para que os clientes se atentem a possíveis tentativas de golpes envolvendo abordagens de falsas centrais de segurança ou falsos funcionários da instituição. Neste sentido, esclarece que ligações recebidas pelos clientes solicitando qualquer documento, senhas, dados cadastrais e financeiros, estornos ou a realização de transferências não são práticas da instituição, portanto, os clientes não devem, em hipótese alguma, digitar ou informar senhas no aparelho telefônico quando não efetuaram a ligação de forma ativa e espontânea. Seguindo rigorosamente essas práticas, os golpistas não terão qualquer forma de acessar ou movimentar indevidamente a conta corrente do cliente.

Conforme o banco comunica de forma recorrente e por diferentes canais, caso receba ligação com esse tipo de abordagem ou esteja em dúvida sobre a veracidade do contato, o cliente deve desligar imediatamente e, a partir de outro aparelho telefônico, entrar em contato com a central de atendimento ou com seu gerente bancário. Estas e outras orientações de segurança também estão disponíveis no site itau.com.br/seguranca

Fonte: O Tempo

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