Pessoa aplicando Mounjaro, um medicamento injetável utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos (Foto/Divulgação)
O medicamento Mounjaro (tirzepatida), indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, estará disponível para venda no Brasil a partir de 7 de junho deste ano. A farmacêutica Eli Lilly, responsável pelo fármaco, confirmou a data de lançamento após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023. O remédio só poderá ser adquirido mediante prescrição médica.
A tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, é um concorrente direto do Ozempic (semaglutida), ambos pertencentes à classe dos agonistas dos receptores de GLP-1. Além do controle glicêmico, esses medicamentos têm chamado atenção por sua associação à perda de peso. No entanto, a indicação para emagrecimento é considerada "off label", ou seja, não consta na bula como um uso aprovado oficialmente pelas agências regulatórias.
O Mounjaro chegará ao mercado brasileiro com preços que variam entre R$ 1.516,61 e R$ 4.009,25, dependendo da dose. O valor pode oscilar conforme a dosagem adquirida, a quantidade de aplicações disponíveis em cada caneta injetável e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada estado.
Em outros países, o Mounjaro tem sido amplamente utilizado não apenas para o tratamento do diabetes tipo 2, mas também para controle de sobrepeso e obesidade. Estudos demonstraram que o medicamento pode reduzir significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 em adultos com obesidade ou sobrepeso e pré-diabetes.
Pesquisas indicam que o uso da tirzepatida pode levar a uma redução de peso de até 22,9% ao longo de 176 semanas de tratamento. O fármaco age como um agonista dos receptores GIP e GLP-1, mecanismos que ajudam a reduzir o apetite e a ingestão calórica. No entanto, como qualquer medicamento, o Mounjaro pode causar efeitos adversos, sendo os mais comuns os gastrointestinais, como náuseas e diarreia.
A chegada do Mounjaro ao Brasil representa uma nova alternativa terapêutica para pacientes com diabetes tipo 2 e poderá ampliar as opções de tratamento disponíveis no país. No entanto, é fundamental que seu uso seja feito sob orientação médica, considerando os benefícios e possíveis efeitos adversos do medicamento.