Órgãos ambientais analisam atualmente uma proposta feita pela FCA para acelerar a limpeza do solo onde ocorreu descarrilamento
Órgãos ambientais analisam atualmente uma proposta feita Ferrovia Centro-Atlântica para acelerar a limpeza do solo na região onde ocorreu o descarrilamento do trem da empresa em 2003. No dia 10 de junho daquele ano, o acidente ocorrido no pontilhão do córrego Alegria deixou a cidade sem água por duas semanas e fez com que o solo e a água presentes naquela área sejam monitorados até hoje. Há sinais de contaminação no solo até a presente data.
A FCA fez um estudo que prevê a descontaminação mais rápida e o apresentou aos órgãos ambientais que monitoram a região. O procedimento é parecido com o de uma chuva que poderá lavar a região.
Segundo o promotor de Justiça de Meio Ambiente de Uberaba, Carlos Valera, para ir adiante, este processo inovador deverá ser aprovado pelo Instituto de Gestão das Águas de Minas Gerais (Igam), Instituto Estadual de Florestas (IEF) e Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). “Neste caso, solicitarei que uma perita da Universidade Federal de Uberlândia, que tem feito para o Ministério Público as análises de solo e água da região, confirme se esta é a melhor solução para o problema. Caso a resposta dela seja positiva, faremos um adendo no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto à FCA para que ela possa implantar este sistema e acelerar a limpeza do solo da região”, explica.
De acordo com Carlos Valera, os danos identificados na época do acidente já diminuíram, mas a área permanece fechada porque o solo da região ainda apresenta sinais de contaminação. Enquanto isso, a FCA, através de sua assessoria de comunicação, afirma que relatórios técnicos do Codau, Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Ministério Público, Feam e do Igam indicam que o solo registra resultados insignificantes de contaminação.
FCA lembra também que tem mantido, frequentemente, serviços ambientais voltados ao acompanhamento da qualidade do solo e águas subterrâneas e superficiais.