Quanto mais incerteza no mercado, mais os investidores recorrem ao ouro. A máxima pode ser comprovada com dados da BMF& Bovespa, que negociou somente na última sexta-feira em torno de 1,5 mil contratos, um recorde.
“O ouro é consequência para o que acontece no mercado principal”, afirma o diretor da Reserva Metais, André Nunes, referindo-se às recentes quedas nas bolsas em todo o mundo. Seguindo a lei da oferta e da procura, a cotação do metal também atingiu recorde de US$ 1.853 por onça (o equivalente a 31,1 gramas). “O ouro é a única moeda que não é emitida por nenhum governo, o que em uma situação de risco se torna seguro”, afirma José Inácio, também da Reserva.
Até o dia 12 deste mês, a valorização do ouro era de 8,5% em 2011. Comparado a outros ativos, foi o que apresentou melhor rentabilidade no mesmo período. De acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), o CDB ficou em 7,42% e a poupança, em 4,99%. Enquanto isso, o dólar comercial e a Ibovespa tiveram desempenho negativo, com -4,31% e -21,13%, respectivamente.