Ministro Alexandre de Moraes impõe escolta, vigilância 24 horas, controle de visitas ao liberar saída do ex-presidente da prisão para cirurgia abdominal
Ao autorizar nesta terça-feira (23/12) a internação de Jair Bolsonaro (PL) para ser operado em um hospital particular de Brasília, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou uma série de medidas rígidas de segurança, vigilância e restrições durante toda a permanência do ex-presidente fora da prisão.
Bolsonaro está preso desde o início de dezembro na Superintendência da Polícia Federal (PF), na capital do país, onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses por tentativa de golpe de Estado após derrota nas eleições presidenciais de 2022 .
A autorização de Moraes estabelece que a Polícia Federal (PF) seja responsável pela segurança, pelo transporte e descolamento “discreto” de Bolsonaro até o Hospital DF Star, na Asa Sul, onde ele deverá ser desembarcado pela garagem, sem contato externo.
A PF deverá ainda manter pelo menos dois policiais na porta do quarto, 24 horas por dia, além de outras equipes posicionadas dentro e fora do hospital, conforme avaliação da corporação. A segurança do prédio e do entorno também ficará sob responsabilidade da instituição policial.
Celular não entra no quarto
Moraes proibiu a entrada de computadores, telefones celulares e quaisquer dispositivos eletrônicos no quarto onde Bolsonaro estiver internado, excetuados apenas os equipamentos médicos necessários ao tratamento. Caberá à Polícia Federal garantir o cumprimento integral dessa restrição.
A decisão do ministro autoriza apenas a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro como acompanhante durante toda a internação, respeitadas as normas do hospital. Qualquer outra visita só poderá ocorrer mediante autorização prévia do Supremo.
As medidas seguem o padrão adotado pelo STF em casos de custodiados que necessitam de atendimento médico fora do sistema prisional. No mesmo dia da decisão, a defesa de Bolsonaro indicou os nomes de quatro médicos que deverão cuidar dos procedimentos.
Fonte: O Tempo.