Polícia Federal no STF. (Foto/Fabio Rodrigues/Agência Brasil)
BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) segue com a coleta de depoimentos para investigar as explosões em frente ao edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF), na praça dos Três Poderes, em Brasília. Neste sábado (16), novas testemunhas devem prestar declarações para inclusão no inquérito, comandado pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.
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A expectativa é que os agentes escutem dois seguranças do Supremo que presenciaram as ações do autor do atentado, Francisco Wanderley Silva, bem como o primeiro policial militar que atendeu a ocorrência. Uma quarta pessoa, cuja relação com o caso não foi informada, também deve ser ouvida. As informações foram adiantadas pelo portal G1.
Até este sábado, a PF já havia recolhido os depoimentos da proprietária do kitnet que o autor alugava em Ceilândia, cidade satélite de Brasília; da ex-mulher, do filho e do irmão dele, bem como de outros parentes; também ouviu o proprietário da loja de fogos de artifícios em que ele realizou compras dias antes do atentado; e de um homem em situação de rua que ficava nas proximidades da praça dos Três Poderes e conversava frequentemente com Francisco.
Dentro dos trabalhos de investigações, a PF também deve pedir ao STF a quebra dos sigilos telemático, bancário e fiscal de Francisco Wanderley Silva. O objetivo é coletar dados dos celulares do autor e verificar se ele contou com ajuda no atentado ou comunicou sobre o mesmo a alguém. Dois aparelhos celulares de propriedade do homem foram localizados.
O inquérito ainda pretende verificar se ele tinha conexão com os grupos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023, ou mesmo se esteve nos acampamentos em frente ao Quartel-General do Exército no início do ano passado. A Polícia Federal indica que o crime teve motivação política e teria sido planejado.
O episódio ocorreu na noite de quarta-feira (13). O chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu após deitar no chão da praça dos Três Poderes, posicionar um artefato debaixo da nuca e dispará-lo. Antes disso, ele acionou dois explosivos – um em frente ao STF, na praça dos Três Poderes, e o outro em seu carro, encontrado em chamas e carregado com explosivos próximo ao anexo IV da Câmara dos Deputados.
Fonte: O Tempo