A arroba do boi, que há aproximadamente 20 dias passou da casa dos R$ 100, deve ter seu preço estável nos próximos meses. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Rivaldo Machado Borges Júnior, não há perspectiva de queda em função de vários fatores de diminuição de oferta de animais.
Segundo Rivaldo, em estimativa, 70% do que é abatido no município para o consumo são fêmeas, como vacas e novilhas. “Houve um abate muito grande de fêmeas, e fêmeas são produtoras. Então, quando diminui a produtora de bezerro, consequentemente diminui a oferta de gado para o abate”, explica. O presidente conta que, como a renda per capita do brasileiro aumentou, a demanda do consumo também cresceu e a previsão é de que, nos próximos dois anos, o consumo de carne aumente em torno de 10%.
De acordo com Rivaldo, o preço atual da arroba está acessível ao produtor rural, fazendo com que ele consiga uma estabilidade, faça reposição e possa reinvestir na sua propriedade. “Preço abaixo disso significa prejuízo da porteira para dentro”, ressalta.
O presidente explica que cabe a cada açougue aumentar o seu preço. “Tem que ver se os açougues estão fazendo um aumento compatível com o preço que está sendo vendido. Isso é automátic se aumenta o preço na base, consequentemente no varejo esse valor será repassado”, conta. “Creio que o preço do boi não deve ser menor do que R$ 100 neste ano, de forma alguma, até porque o ano está terminando e é provável que no ano que vem seja mantido o preço nesse nível de R$ 100”, acrescenta.
De acordo com Rivaldo, o preço da arroba do boi varia, no Brasil, de R$ 100 a R$ 110. Já em Uberaba, esse valor chega a R$ 105, e, como acontece uma recuperação das pastagens, o mercado começa agora a ter oferta de animais em função das chuvas.