Reclamações no Procon aumentam no fim de ano

Com maior compra de presentes no fim de ano, as reclamações que chegam ao Procon aumentam. De acordo com Sebastião Severino, coordenador geral do órgão, o número de reclamações já aumentou significativamente desde julho.

Sebastião explica que baseado no relatório do Procon, foi detectado dois pontos que fizeram aumentar as reclamações: a ineficiência do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), das operadoras telefônicas e a questão financeira, como empréstimo consignado. Segundo o coordenador, no final do ano os maiores problemas são o não cumprimento de oferta, propaganda enganosa, preço não informado e dois preços na mesma mercadoria.

"Além da fiscalização atender o consumidor de imediato, nós continuamos com a operação especial e mais intensa de fiscalização de final de ano", diz. Sebastião conta que o órgão fiscaliza o segmento de alimentos, verificando principalmente os produtos com data de validade superada e impróprio para o consumo. "Nos meses de novembro e dezembro, apreendemos em torno de uma tonelada de alimentos irregulares", conta. Severino explica que outro foco da fiscalização é sobre a informação e a precificação dos preços, "o terceiro foco da fiscalização é o material de construção em função da vulnerabilidade de ter muitos consumidores comprando esses produtos". O coordenador geral do Procon afirma que só no mês de dezembro já são 30 autuações e que em comparação com o ano de 2009, nesse ano as reclamações aumentaram em torno de 30%, o que para ele é muito significativo. "Nos mês de agosto atendemos 1.300 reclamações", conta.

Troca.

Sebastião Severino orienta o consumidor para que, antes de sair às compras fazer um planejamento, comprar com antecedência, pesquisar preços e sempre exigir nota fiscal. "Ao comprar brinquedos é preciso atenção com a questão da faixa etária, se tem o selo do Inmetro, porque é a garantia de que o produto tem boa origem e outra coisa é optar comprar algo que realmente será útil. Quem ainda tiver sobra do 13º, deve procurar pagar as contas que estão vencidas e pagar primeiro as que cobram juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial, para entrar em janeiro sem dívida ou pelo menos devendo menos, porque em janeiro tem mais despesas", conclui. De acordo com Sebastião, depois do Natal as reclamações de produtos estragados aumentam. "Muitas vezes o consumidor compra um produto nas vésperas do Natal e ele vem estragado, então, ele terá de levar para a assistência técnica onde tem um prazo de até 30 dias para resolver o problema, se não resolver ele poderá vir reclamar formalmente aqui. Nessa época, isso acontece demais", ressalta.