A decisão do governo dos Estados Unidos de reduzir tarifas aplicadas a produtos como café e carne bovina foi recebida com cautela pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump após meses de tensão comercial e negociação diplomática, representa um alívio inicial para parte dos exportadores, mas ainda deixa dúvidas sobre o alcance real da revisão tarifária.
Para a Fiemg, o gesto é considerado “positivo, mas limitado”. A entidade afirma que ainda não está claro se a sobretaxa de 40%, aplicada durante a gestão Trump, será totalmente retirada ou se permanecerá em parte dos embarques. O setor produtivo mineiro teme que a falta de detalhamento continue comprometendo a competitividade de segmentos que têm forte peso no estado, como café, carne bovina e outros produtos agroindustriais.
“É um passo importante, mas ainda insuficiente. A decisão mostra disposição ao diálogo, porém é necessário avançar mais para remover todas as barreiras adicionais e restabelecer condições adequadas de competitividade para a indústria mineira”, disse o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, em nota.
A federação avalia que o impacto prático da medida ainda é incerto e dependerá da forma como as mudanças serão implementadas pelas autoridades americanas. A entidade também reforça que continuará acompanhando o tema e defendendo a continuidade das negociações entre os dois países.
Fonte: O Tempo.