Setor da construção civil começa a negociar salários da categoria

A data base para negociações no setor da construção civil em Uberaba se inicia em maio e o Sindicato dos trabalhadores da categoria já discute sua pauta de reivindicações. Entre as propostas destacam-se melhores condições de saúde e remuneração. Segundo José Lacerda Sobrinho, presidente do sindicato, a entrega da pauta foi feita em março, para que cada item fosse discutido com a devida atenção.

De acordo com o presidente, 73% dos trabalhadores desta área têm problemas de saúde bucal, sendo que as doenças de pele e coluna são as mais comuns, devido às condições de trabalho. Nesse contexto, o sindicato exige que as empresas construtoras contratem planos de saúde. Outro problema levantado diz respeito à alimentação. “Os trabalhadores da construção civil são os grandes bóias-frias da atualidade. Eles colocam marmitas na geladeira à noite e só vão comer às 12h do outro dia. Os alimentos acabam perdendo suas propriedades nutritivas”, conta o representante, que propõe uma alimentação adequada no local de trabalho.

Outro ponto a ser discutido são as condições de higiene, principalmente nos banheiros.

Em relação ao salário, José Lacerda quer uma equiparação com outros municípios da região e que o pagamento real do trabalhador seja oficializado na carteira de trabalho. “O piso é pouco mais de R$ 723,00 na carteira, mas está longe da realidade dos trabalhadores, porque grande parte deles ganha até três vezes acima disso. Tem que trazer pra carteira a realidade”, afirma Lacerda. O sindicato também propõe que aqueles com pelo menos 6 meses na carteira que tiveram o contrato rescindido passem pela instituição.

“Apenas 20% das rescisões de trabalho passam pelo sindicato, porque a lei obriga que apenas aqueles com mais de um ano e de carteira a fazer as rescisões no sindicato ou no Ministério de Trabalho”, a reivindicação tem o objetivo de fiscalizar melhor os acertos com as empresas.