Do total de 497 cidades em todo o Rio Grande do Sul; cerca de 67% estão em estado de calamidade pública por causa do temporal e enchentes
Enchentes e inundações que atigem o Rio Grande do Sul deixaram a cidade de Canoas debaixo d'água (Foto/Ricardo Stuckert/PR)
O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul, impactados pelas fortes chuvas e enchentes que assolam a região desde a última semana.
Na prática, o reconhecimento de estado de calamidade abre caminho para que os municípios consigam de forma mais rápida os repasses de verbas federais e diminui burocracia administrativa para realizar compras e contratar serviços.
A portaria reconhecendo a situação de calamidade das cidades gaúchas foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Inicialmente, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, vinculado ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, tinha publicado, ainda no domingo, portaria reconhecendo a situação de calamidade de 265 municípios. Depois, ainda na noite de domingo, foi publicado novo DOU extra, passando dos 265 para 336 cidades em estado de calamidade.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já tinha declarado o estado de calamidade pública do Estado, depois da sequência de temporais, que alagou muitos municípios. Segundo último boletim da Defesa Civil do Estado, o número de mortos subiu para 83; há 111 pessoas desaparecidas e 276 pessoas feridas.
Ao todo, 345 cidades gaúchas do total de 496 municípios do Estado contabilizaram algum tipo de problema em decorrência das cheias e do temporal. Cerca de 850 mil pessoas foram afetadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao Rio Grande do Sul pela segunda vez em menos de uma semana. O petista estava acompanhado de 40 pessoas, sendo 18 autoridades incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).
Na ocasião, o petista afirmou que o governo federal não poupará esforços materiais e humanos, nem recurso financeiros, para acolher as vítimas e recuperar o Estado. Já o governador Eduardo Leite disse que não é hora de apontar culpados.
Fonte: O Tempo