“Vale a pena sonhar alto?”. Quando mais um ano vai se findando e a lista de metas não tem nem metade dos projetos executados, a resposta pode parecer ser um duro e frio ‘não’. No entanto, é fácil esquecer, ou até mesmo ignorar, que por mais alto que seja o sonho, ele pode se tornar realidade por meio da construção.
O psicólogo Sérgio Marçal afirma que, para além de uma conquista ou um momento de vitória, metas precisam ser traçadas de uma forma exequível, com passo a passo que leve a “linha de chegada”, ou seja, aos objetivos. “Precisa ser exequível. Tudo na vida precisa ser exequível, possível de se fazer e o nosso problema é, muitas vezes, condicionar o nosso bem-estar às nossas metas, à avaliação de terceiros. Se não dá curtida, não foi bom. Se não tem avaliação positiva, não foi bom. Mas onde que você está naquilo que você planeja, sente, sonha e vive?”, questiona Marçal.
Portanto, na hora de sentar-se junto ao papel e à caneta para traçar os planos para 2024, é essencial avaliar onde está você nos seus sonhos e planos. Quando os imagina, consegue se ver na obra e fazendo parte deles? Essas e outras análises podem ajudar a trabalhar em um plano de ação para o novo ano e, futuramente, recentralizar a rota, quando necessário, conforme explica Sérgio.
“Não viver essa vida louca de só cumprir a agenda, mas avaliar o que eu faço, o que dá certo e potencializar isso. E, o que não dá certo, como corrigir o caminho. Não se perder no meio disso, porque é muito fácil ter uma agenda cheia, mas um dia vazio. Então, estabelecer metas que façam sentido para você. Sempre que você sentir que não está conseguindo, reavaliar e se não está conseguindo sozinho, procurar ajuda. Então, fazer metas que sejam tangíveis, palpáveis, exequíveis e não perder você mesmo no meio disso”, ressalta o psicólogo.
Como saber quando corrigir a rota?
Os sentimentos são excelentes GPS’s ao longo do trajeto que leva à realização de um sonho. Apesar de desconfortável, são os sentimentos menos agradáveis que devem apontar quando erramos o percurso ou nos perdemos no meio do caminho. A frustração muitas vezes é colocada como sinônimo de fracasso. Porém, Marçal a considera um sinal.
“Assim como a gente costuma dizer que a crise não é negativa, eu sempre repito que se a gente tirar o S de CRISE a gente tem CRIE. Assim como a crise é um sinal de necessidade de um momento criativo, de mudança de rumo, a frustração é um sinal também de que não está dando certo, não só negativo, mas de que você precisa corrigir o rumo. A chave é planejamento e disciplina”, reforça.
Escreva
Segundo Sérgio Marçal, vale a pena escrever, para avaliar os períodos de tempo. Questione:
- O que eu consegui organizar na minha rotina na semana ou no mês?
- O que eu não consegui?
- Por quê?
“Fazendo essa correção muito gradativa de rumos da sua caminhada, avaliar sempre o caminho e a caminhada e lembrar qual é a direção. Onde você quer chegar? Ter clareza disso é muito mais importante que a velocidade. Não adianta correr desgovernadamente sem saber para onde quer ir”, finaliza.
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