ESCRAVIDÃO

STF autoriza mulher mantida sob escravidão a voltar para casa de desembargador

Jorge Luiz de Borba, acusado de manter Sônia de Jesus em escravidão doméstica, levou a trabalhadora de volta para a casa dele

O Tempo
Publicado em 08/09/2023 às 17:55
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O desembargador catarinense Jorge Luiz de Borba, que foi alvo de uma ação do PF por suspeita de manter uma funcionária surda e muda em trabalho análogo a escravidão (Foto/Reprodução/Twitter)

Uma mulher de 50 anos, mantida em condições semelhantes à escravidão na residência do desembargador catarinense Jorge Luiz de Borba e de sua esposa, Ana Cristina Gayotto de Borba, voltou para a casa de onde foi resgatada em 6 de junho pela Polícia Federal (PF).

O ministro André Mendonça, em concordância com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou o encontro de Borba e Ana Cristina com a vítima e seu retorno à residência de onde foi resgatada, conforme informou reportagem do Estadão.

Mendonça recusou um recurso da Defensoria Pública que buscava evitar o reencontro, com o objetivo de proteger a vítima. O processo chegou ao STF após uma decisão do ministro Campbell Marques, do STJ, que atendeu ao pedido do desembargador para permitir o restabelecimento do contato com a empregada.

As investigações revelaram que a mulher resgatada possui seis irmãos que residem na capital de São Paulo. Eles relataram que a mãe faleceu enquanto buscava pela filha, e todos acreditavam que ela estava morta. Os irmãos expressaram o desejo de viver com a irmã e tinham um encontro programado com ela em 22 de setembro.

O próximo passo deste caso é recorrer novamente ao STF. A decisão de Mendonça foi uma liminar, e o mérito do caso será avaliado pela segunda turma da Corte, que é composta pelos ministros Dias Toffoli (presidente), Gilmar Mendes, Edson Fachin e Nunes Marques, além do próprio André Mendonça.

Fonte: O Tempo

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