O governo de Israel intensificou nesta terça, 28, sua ofensiva militar em Rafah, enviando tanques para o coração da cidade no sul da Faixa de Gaza, apesar da crescente condenação internacional à operação. Após um ataque aéreo no fim de semana, que matou 45 civis em um campo de refugiados, o Exército avançou em direção ao centro de Rafah, segundo a agência Reuters.
O governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu planeja, desde março, uma ofensiva no local e diz que os últimos quatro batalhões ativos do Hamas se escondem entre os civis de Rafah. O ataque de domingo, segundo o Exército, tinha como alvo uma base do grupo terrorista.
Desde a tomada do posto de fronteira de Rafah com o Egito, as tropas israelenses avançaram nos arredores da cidade e entraram apenas em áreas no leste. Mas ontem tanques foram vistos perto da mesquita Al-Awda, no centro de Rafah, segundo a agência Reuters, citando testemunhas.
Apesar das alegações de que na cidade está o último reduto do Hamas, soldados israelenses voltaram a enfrentar os terroristas em territórios no norte de Gaza que já haviam sido conquistados anteriormente. O Exército confirmou que suas tropas estavam operando na área de Rafah e participavam de combates a curta distância, mas não confirmou a presença de tanques no centro.
Desde o começo da guerra, Rafah abriga 70% da população de Gaza, que fugiu de outras cidades atacadas por Israel como retaliação aos atentados de outubro, perpetrados pelo Hamas. A localidade enfrenta um colapso de serviços de saúde, saneamento e alimentação.
Enquanto isso, a entrega de ajuda humanitária aos palestinos enfrenta um novo desafio. O píer temporário que o Exército dos EUA construiu e colocou em prática para permitir a entrada de suprimentos se desfez com as ondas do mar agitado, afirmou o governo americano.
Uma porta-voz do Pentágono explicou ontem que os engenheiros militares estavam trabalhando para reconstruir o píer. Os oficiais do Departamento de Defesa estimaram que ele deve estar novamente operacional em pouco mais de uma semana. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.