GERAL

Tumulto marca audiência no processo do crime do lava-jato

O juiz da 3ª Vara Criminal, Daniel Botto Collaço, realizou na tarde de ontem a audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte de Tiago Augusto Borges

Publicado em 05/05/2011 às 00:56Atualizado em 20/12/2022 às 00:29
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O juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Uberaba, Daniel César Botto Collaço, realizou na tarde de ontem a audiência de instrução e julgamento do processo sobre a morte de Tiago Augusto Borges, executado em um lava-jato no bairro Jardim Induberaba, no dia 18 de junho de 2010. Devido ao fato de dois homens terem sido presos coagindo testemunhas na última audiência, realizada no dia 12 de abril, o magistrado solicitou reforço policial que compareceu ao Fórum Melo Viana com armamento pesado, tudo para evitar novos incidentes.

Porém, mesmo com todos os cuidados, por parte do magistrado, a fim de impedir novos problemas, a sessão foi marcada por “bate-boca” entre os advogados do réu Gildo Ribeiro Nascimento, acusado de ser o mandante do crime e o juiz titular da 3ª Vara Criminal. Segundo o advogado Lucas Teixeira de Ávila, o juiz Collaço cometeu uma arbitrariedade quando solicitou que policiais fizessem a escolta do advogado Rodrigo Daniel Resende todas as vezes que ele entrasse e saísse da sala de audiência.

Já a testemunha de acusação B.B.M. ficou todo o tempo isolada no final do corredor, sendo vigiada por policial armado. Diante do imbróglio, a defesa de Gildo se retirou da sala de audiências e solicitou que um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) comparecesse ao local. O vice-presidente da 14ª Subseção da OAB, Leuces Teixeira, foi até o Fórum, para tomar conhecimento. Leuces afirmou que nunca presenciou tal episódio antes. “Onde já se viu pedir para um policial armado acompanhar um advogado. Isso é gravíssimo”, comentou Leuces.

Já ao fato de a testemunha ficar incomunicável, o vice-presidente explica que a lei permite, mas acrescentou que o Fórum não tem condições para tanto. “O Fórum de Uberaba não tem estrutura para exigir isso. A moça ficou vigiada durante toda a tarde, também por um policial armado”, pontua.

Até o fechamento desta reportagem, a audiência ainda prosseguia e Leuces finalizou que acompanharia para garantir que constasse em ata todos os fatos. A reportagem não conseguiu ouvir o juiz Collaço, para ouvir a sua explicação.

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