Família uberabense que mora na cidade de Kandatsu, em Ibaraki, no Japão, e passa por momentos de apreensão desde a última sexta-feira, quando ocorreu terremoto seguido de tsunami, não tem intenção de vir embora nas próximas semanas.
Segundo Lucivânia Ferreira, a prima Lívia Sanae, que mora com o marido, Eduardo Ferreira Cardoso, e o filho Davi, de cinco anos, continua mantendo contato. A última conversa foi na noite de domingo. Segundo Sanae, a situação é caótica, já que água e energia estão racionadas. As fábricas e escolas não estão funcionando e o aeroporto está congestionado, com muitas pessoas saindo do país. A princípio as pessoas mais idosas é que estão tendo prioridade em deixar o local, conforme informações de Sanae.
O casal ressaltou durante conversa pela internet que não sabe se deixará o Japão. “Os dois vão aguardar as próximas semanas para saber como tudo ficará, se conseguirão voltar a trabalhar e manter o sustento da família”, afirma.
Novo terremoto com magnitude preliminar de 4,1, sem alerta de tsunami, atingiu a área de Tóquio por volta de 5h de terça-feira (17h de segunda em Brasília). Não havia relatos imediatos sobre feridos ou danos. O Japão tem sido atingido por uma série de réplicas desde o forte terremoto que atingiu 8,9 graus da escala Richter, gerando um tsunami que arrasou a costa nordeste nipônica. Fora os danos imediatos, o perigo atômico permanece o maior desafio. Diversos reatores foram afetados e a situação é crítica em Fukushima, onde existe o temor de um desastre nuclear. Juntos, o terremoto e o tsunami já deixaram mais de 1.800 mortos e os prejuízos já passam dos US$170 bilhões.