Expectativa anterior era de chegada ainda em feveireiro com vacinação prevista para março, mas reunião com Governo Federal altera a distribuição dos imunizantes
Em meio ao combate travado contra o mosquito transmissor da dengue em Minas Gerais, a vacina como mais uma arma para o enfrentamento da doença deve demorar ainda mais para chegar. "A expectativa é que até novembro devemos receber as vacinas”, afirmou o secretário de saúde de Minas Gerais Fábio Bacchereti durante coletiva para a imprensa nesta sexta-feira (2). Antes, a expectativa era para o final deste mês de fevereiro, quando o grupo de 10 a 14 anos receberia o imunizante.
A prorrogação do prazo foi dada em uma reunião da pasta com o Conselho de Saúde do Governo Federal, em Brasília, nessa quinta-feira (01), quando um cronograma de remessas foi divulgado para os governos estaduais. O mês exato da chegada à Minas Gerais, contudo, não foi passado por ele.
"No entendimento que tivemos ontem (quinta-feira) em Brasília, é que deve ser nas remessas mais para frente, então, não teremos, a curto prazo”, disse.
Desde 27 de janeiro deste ano, Minas Gerais está em situação de emergência no enfrentamento de arboviroses,e apesar do adiamento, o secretário disse que a alteração no cronograma não muda a situação enfrentada hoje pelo Estado.
“Não podemos usar a vacina para achar nosso cuidado possa ser afrouxado, pelo contrário, nosso pico de dengue, aqui em Belo Horizonte, por exemplo, será nas próximas semanas, entre fevereiro e março, ou seja, não dá tempo de pensar que a vacina vai proteger, mesmo que seja só os adolescentes, e são duas doses, né? Três meses depois que viria a proteção completa, então, vamos comemorar a vacina, mas vamos tratá-la como uma proteção a médio/longo prazo", afirmou.
O longo prazo também não preocupou o secretário municipal de saúde de Belo Horizonte, Danilo Borges. "Estamos prontos para enfrentar os próximos dias difíceis que estão por vir", garantiu.
A reportagem questionou sobre as remessas e quantidades de doses que cada estado receberá, mas o Governo Federal ainda não retornou à demanda.
Fonte: O Tempo