A proposta vale apenas para transportes de pessoas (como Uber e 99). Não houve acordo em relação aos entregadores de mercadorias (como iFood e Rappi)
Apenas o seguro-desemprego está fora da lista porque o trabalhador contribuirá como autônomo (Foto/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta segunda-feira (4), em cerimônia no Palácio do Planalto, ao lado do ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), o projeto de lei que será enviado ao Congresso Nacional para regulamentar o trabalho por meio de empresas de transporte de pessoas por aplicativos.
A proposta vale apenas para transportes de pessoas (como Uber e 99). Não houve acordo em relação aos entregadores de mercadorias (como iFood e Rappi). O Ministério do Trabalho e Emprego do Trabalho pretende reabrir uma negociação em um segundo momento para resolver a situação desses profissionais.
O texto é fruto de 10 meses de negociação, com muitas idas e voltas, e que envolveu propostas e vetos de representantes do governo, dos trabalhadores e das empresas. Entre outras coisas, o acordo prevê que os trabalhadores tenham uma remuneração mínima e direito à Previdência Social – com as firmas pagando parte da contribuição previdenciária.
Confira abaixo todos os pontos da minuta:
Com quase 800 mil pessoas na atividade, STF analisa vínculo empregatício
Há ao menos 778 mil pessoas trabalhando no Brasil como motoristas de aplicativo – 52,2% do total de prestadores de serviço em plataformas digitais, ou seja, 1,5 milhão de trabalhadores no país –, conforme dados divulgados pelo IBGE em outubro.
Enquanto o Executivo tenta aprovar um projeto de lei para a categoria, o Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a julgar a questão do vínculo empregatício no setor. A tendência é negar o vínculo, seguindo decisões monocráticas de turmas da Corte. Na semana passada, os ministros formaram maioria para definir que a ação em andamento terá repercussão geral.
Fonte: O Tempo