Em 2011, segundo empresários do ramo, a tendência é a manutenção na queda de preços e elevação nas vendas
Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP), sob encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de
Livros (SNEL) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), demonstra que brasileiro está lendo mais. No comparativo 2009/2010, por exemplo, ocorreu crescimento de 13,12% no número de exemplares vendidos.
As livrarias, com aumento de 4,51%, puxaram as vendas para cima, seguidas pelas distribuidoras (22,55%) e catálogos (21,66%).
Com tal ganho, houve a manutenção de queda do preço médio do livro vendido, observada desde 2004, com recuo de 4,42% no ano passado.
A pesquisa demonstrou, também, que, com edições mais baratas, já que a qualidade do material tem apresentado diminuição, muitas editoras acostumadas a cobrar altos valores estão se vendo obrigadas a diminuir o preço final dos seus produtos. Com isso, 2010 registrou queda de 4,5% no preço dos exemplares, em comparação ao ano anterior. Em 2011, segundo empresários do ramo, a tendência é a manutenção na queda de preços e elevação nas vendas.
Em Uberaba, ainda que de forma tímida, o cenário também demonstra aumento na procura por livros de temas variados. Dayane de Souza Alves, que atua há mais de dois anos em uma livraria no bairro Santa Maria, conta que, em julho, as vendas tiveram alta entre 7% e 10%, ante o mesmo mês do ano passado. Segundo ela, o período de férias colaborou para o aumento nas vendas. “Não vendeu mais porque muitos exemplares se esgotaram e as editoras não mandaram novos volumes a tempo”.
De acordo com Dayane, o público leitor é bastante variado. “Mulheres e adolescentes procuram mais a livraria. Durante a semana, os jovens são os clientes mais assíduos, enquanto nos finais de semana o público majoritário é de crianças, em busca de lançamentos da literatura infantil. “Já o pessoal mais velho, que é também mais crítico, prefere o período da manhã para comprar livros. Porém, a loja nunca fica vazia”, revela.