Inicialmente, o advogado foi contactado pelo telefone do escritório e, posteriormente, o autor confirmou que sabia o número do celular, efetuando outra ligação (Foto/Reprodução)
Advogado, de 67 anos, com escritório e residência em Uberaba, foi vítima de extorsão e pagou R$1 mil a um suposto integrante de facção criminosa. O autor alegou que o dinheiro era para “pagar um delegado” para soltar um preso de sua facção e fez ameaças de morte à vítima e seus parentes caso não “contribuísse”. O telefone usado pelo criminoso é DDD-21 (Rio de Janeiro) e os valores foram depositados em nome de “Bruna...”. O caso é investigado na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil/5ºDPC, em Uberaba.
De acordo com a vítima, ela se encontrava em seu escritório de advocacia, quando recebeu uma ligação telefônica, na qual um homem, que se identificou como “Guto”, afirmou ser integrante de facção criminosa e, em tom ameaçador, disse que estava “fazendo uma vaquinha” para “pagar um delegado” pra “soltar um preso da facção” e exigiu R$3 mil.
Como demonstração de que tinha informações privilegiadas, o autor ligou para o celular do advogado, usando de uma linha telefônica DDD-21, e disse que conhecia toda a sua família e que iria matá-los, exigindo a qualquer custo transferência bancária ou Pix dos valores exigidos.
Acreditando na possibilidade de que realmente o autor estava falando a verdade, a vítima alegou que não tinha Pix, mas poderia fazer um depósito bancário no valor de R$1 mil. O autor aceitou e forneceu o número da conta bancária para fazer o depósito.
Em seguida, o advogado deslocou-se até uma casa lotérica e realizou a transferência bancária no valor de R$1 mil para a conta em nome de Bruna Correa Weiss.
A vítima relata também que chegou a conversar com outros dois autores, reconhecendo vozes diferentes, e percebeu que havia outras pessoas ao lado conversando. Suspeita-se que as ligações exigindo dinheiro tenham partido de dentro da penitenciária.