Menores eram dopados com álcool ou substâncias sedativas e eram registrados em vídeos enquanto estavam despidos.
O presidente do Conselho de Segurança de Montalvânia, cidade do Norte do estado, com 37 anos, foi preso preventivamente pela Polícia Civil sob suspeita de praticar crimes sexuais contra 10 vítimas. Uma das vítimas foi abusada por seis anos, dos 13 aos 18 anos.
A prisão ocorreu na residência do suspeito, onde também foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Durante a busca, vários documentos e equipamentos eletrônicos foram recolhidos.
As investigações tiveram início após uma adolescente denunciar ter sido abusada sexualmente pelo suspeito, dos 13 aos 18 anos. Com o avanço das investigações, a Polícia Civil identificou outras nove vítimas do indivíduo.
De acordo com o delegado Theles Bustorff Feodrippe de Oliveira Martins, o homem abordava as vítimas oferecendo presentes e ajuda financeira para suas famílias, ganhando a confiança dos adolescentes e familiares, que viviam em situação de vulnerabilidade social. Depois de conquistar essa confiança, ele chamava as vítimas para sua casa, geralmente nos fins de semana, onde promovia festas com bebidas alcoólicas.
Após embriagar as menores de idade, o suspeito abusava sexualmente delas e filmava as vítimas nuas.
Uma das vítimas relatou ter sido dopada várias vezes pelo suspeito, que colocava remédios em doces, fazendo-a perder a consciência para então abusar sexualmente dela. Quando a vítima tentou recusar os convites para frequentar a casa do suspeito, ele a chantageou com a possível divulgação dos vídeos em que era abusada.
Outro detalhe relevante, segundo o delegado, é que o suspeito exercia pressão psicológica sobre as vítimas, alegando sofrer de depressão e manifestando o desejo de cometer suicídio. Ele aproveitava-se da vulnerabilidade emocional das vítimas, convencendo-as de que o abuso era algo normal.
Além disso, as investigações apontaram que o suspeito explorava a força de trabalho das vítimas, submetendo-as a uma rotina extremamente exaustiva de trabalho sem remuneração, sob o pretexto de já estar gastando muito dinheiro com elas, auxiliando em tratamentos de saúde ou comprando presentes.
O homem foi encaminhado ao sistema prisional e é suspeito de crimes como produção e posse de pornografia infantil, estupro de vulnerável, estupro, importunação sexual e satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente.