Dentre as 136 pessoas investigadas, cujas prisões preventivas foram decretadas, 10 são delegados de polícia, sendo três Chefes de Departamento e uma Delegada Regional
Nesta terça-feira (19), a unidade regional de Uberlândia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) deflagrou em 12 cidades de três estados da federação a megaoperação Fênix com apoio das unidades de Patos de Minas, Pouso Alegre e Uberaba. Balanço parcial dá conta que 75 pessoas já foram presas, entre elas 39 policiais civis, sendo nove delegados.
A operação cumpre 200 mandados de prisão preventiva expedidos contra 136 pessoas, 121 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva. Segundo o Gaeco, participaram da operação sete Promotores de Justiça, três auditores da Receita Estadual, 500 Policiais Militares e 150 Policiais Rodoviários Federais, sendo utilizadas duas aeronaves e 150 viaturas.
Os mandados judiciais foram cumpridos nas cidades de Uberlândia, Uberaba, Araguari, Patos de Minas, Patrocínio, Monte Alegre de Minas, Passos, Pouso Alegre, Araxá e Belo Horizonte, todas no estado de Minas Gerais, além de Cascavel (PR) e Cuiabá (MT).
Conforme apurado pela reportagem do JM Online¸ em Uberaba foram presos cinco agentes da Polícia Civil. Dentre as 136 pessoas investigadas, cujas prisões preventivas foram decretadas, 10 são delegados de polícia, sendo três Chefes de Departamento e uma Delegada Regional. Ainda estão escrivães de polícia, 45 investigadores de Polícia e sete advogados.
As Delegacias Regionais de Polícia Civil de Uberlândia e Araguari foram objeto de buscas, as quais contaram com o apoio da Receita Estadual de Minas Gerais. No total, foram oferecidas 29 denúncias, duas cautelares de requerimento de decretação de prisões preventivas, e três cautelares de requerimentos diversos, como busca, apreensão e conduções coercitivas.
A megaoperação Fênix se divide em três operações distintas: Alibababa, Ouroboros e Efésios.
Operação Alibaba: Decorrente da Operação Zeus, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais em setembro de 2015, consta de duas denúncias em que são imputadas a prática de associação para o tráfico de drogas; tráfico ilícito de entorpecentes; associação criminosa; obstrução de justiça; receptação; adulteração de sinal identificador de veículo automotor; fraude processual; corrupção passiva; e corrupção ativa.
Operação Ouroboros: Segunda fase da Operação 100 Anos de Perdão, consta de sete denúncias em que são imputadas as seguintes infrações penais: roubo agravado (emprego de arma, concurso de pessoas e restrição da liberdade das vítimas); organização criminosa; associação para o tráfico de drogas; tráfico ilícito de entorpecentes; falsidade ideológica; porte e comércio ilegais de armas de fogo.
Operação Efésios: A operação Efésios, 4:28, decorre de acordos de colaboração premiada firmadas pelo GAECO de Uberlândia. Contempla 19 denúncias em que são imputados delitos de organização criminosa; associação criminosa; corrupção ativa; corrupção passiva; tráfico ilícito de entorpecentes; porte e posse ilegal de arma de fogo; falsidade ideológica; estelionato; receptação qualificada; falso testemunho; e prevaricação.