Caça e posse de arma ilegal (Foto/Divulgação)
Um homem foi preso em Conceição das Alagoas por posse ilegal de armas. Segundo o boletim de ocorrência, foram encontradas duas espingardas na residência do suspeito, além de quatro animais silvestres mortos e guardados para consumo. O homem ainda foi multado em R$ 7.870,99.
Conforme o registro da ocorrência, o caso foi descoberto por meio de denúncia anônima de posse irregular de arma de fogo, feita diretamente à Polícia Militar (PM). De acordo com o denunciante, um dos moradores da residência pratica a caça irregular de animais da fauna silvestre nativa e possui armas de fogo sem o devido registro no órgão competente.
Ao chegar no portão do rancho, a equipe foi recepcionada por uma mulher, que alegou morar no local junto com o marido. Após ser informada sobre a denúncia, a mulher deixou os policiais entrarem no imóvel para a fiscalização, e acompanhou os trabalhos dos militares.
De acordo com a polícia, durante a vistoria na residência foram encontradas duas armas de fogo, uma pendurada na parede e a outra sobre o colchão, sendo ambas espingardas de antecarga, sem numeração e marca aparente. As armas estavam carregadas e prontas para a utilização, de forma que foi necessário o manejo, em local seguro, para garantir a segurança de todos no local. Além das armas, foram encontrados três cartuchos deflagrados, sendo 01 um de calibre .36, 01 um de calibre .32 e 01 um sem calibre definido.
A equipe continuou a fiscalização e localizaram dentro do freezer na varanda da residência, quatro animais mortos e congelados, sendo uma seriema, um tatu, uma rolinha e um perdiz. Os animais foram atestados como sendo da fauna silvestre nativa pelo laudo do médico veterinário Claudio Yudi.
O morador disse à PM que as armas e cartuchos pertencem ao seu genro, que não se encontrava no local no momento da abordagem, tampouco era possível fazer contato telefônico com ele. Dessa forma, não foi possível atestar no momento da fiscalização a real propriedade das armas apreendidas. Referente às carcaças dos animais, o suspeito alegou serem de propriedade do genro e não saber a procedência, porém afirmou que ele e sua esposa faziam consumo regular da carne dos animais silvestres abatidos.
Foi lavrado o auto de infração em 1.650 UFEMG's (Unidades Fiscais de Minas Gerais), por transportar, guardar, armazenar, vender, expor à venda ou utilizar partes ou produtos de animais da fauna silvestre nativa ou em rota migratória sem a devida permissão, licença ou autorização do órgão ambiental competente, ou em desconformidade com o permitido. Cada UFEMG tem valor de R$ 4,7703, atualmente, totalizando em R$ 7.870,99.
As armas, munições e as carcaças foram apreendidas. Foi dada voz de prisão em flagrante delito ao suspeito responsável pelo imóvel, por infringir o art. 12 do decreto-lei 10.826/03, sendo garantidos seus direitos constitucionais.