Mulher de 67 anos, moradora do bairro Vila Olímpica, em Uberaba (MG), enfrentou momentos de medo e tensão após cair em golpe virtual, que evoluiu para ameaças graves à sua segurança e à de seus familiares. O caso foi registrado no domingo (4), na avenida Jorge Abdanur, e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Tudo começou no sábado (3), quando a idosa recebeu uma ligação pelo WhatsApp de um número com DDD 73 – região correspondente ao estado da Bahia. Do outro lado da linha, uma mulher se apresentou como funcionária do Mercado Livre e alegou que compras suspeitas haviam sido feitas em nome da vítima. Em tom de urgência, a golpista pediu informações pessoais para “verificação”, mas a idosa desconfiou da abordagem e repassou o telefone para a nora, que decidiu interromper o contato e buscar esclarecimentos diretamente com a empresa.
Leia também: Golpe em aposentado: valores de benefício foram sacados desde janeiro por estelionatário
Mas o susto estava apenas começando. No dia seguinte, por volta das 20h, a vítima foi novamente abordada – desta vez por um número com DDD 34, da região de Uberaba. O interlocutor, um homem, demonstrou conhecer detalhes da rotina da idosa, inclusive afirmando que uma funcionária havia acabado de chegar à casa dela de motocicleta. Assustada, a mulher encerrou a chamada imediatamente e decidiu bloquear os números.
As ameaças, no entanto, continuaram. Logo após o contato telefônico, a idosa passou a receber uma série de mensagens de tom intimidador, com frases como “Não adianta chamar ajuda”, “Estou mais perto do que você pode imaginar”, e até uma imagem da fachada da residência onde mora. Os golpistas utilizaram inclusive a logomarca do Mercado Livre para dar aparência de legitimidade à fraude.
Na manhã de segunda-feira (5), as ameaças aumentaram de gravidade, agora envolvendo a família da vítima. “Você tem filhos, neto e é uma linda família. Não são daqui, porém a gente consegue encontrar”, dizia uma das mensagens. A sequência de terror incluiu ainda três áudios enviados com voz distorcida e robótica, reforçando o tom ameaçador.
A vítima procurou a Polícia Militar e registrou um Boletim de Ocorrência. Todo o material – mensagens, áudios e imagens – foi entregue às autoridades. O caso está sendo tratado como estelionato e ameaça e segue sob investigação na Polícia Civil.