O juízo da 1ª Vara Criminal vai analisar denúncia feita pela 5ª Promotoria de Justiça Criminal contra A.L.T.S., também conhecido como “Andrezinho”. O promotor Laércio Conceição Lima pediu a pronúncia do acusado pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil. Na fase policial, o indiciado confessou ter atirado em L.P.S., de 15 anos, sob a justificativa de que a vítima vinha cometendo roubos e furtos na região do Bar do Jackson.
O crime ocorreu em 16 de abril deste ano, por volta de 1h45, na praça Lago Azul, localizada no bairro Costa Teles 2. Conforme apurado pelo promotor, o indiciado, que trabalha ocasionalmente no Bar do Jackson, estava incomodado com as atitudes da vítima, que estaria realizando furtos no bar e em estabelecimentos comerciais próximos. O furto mais recente fora registrado dois dias antes, em 14 de abril. No dia seguinte, Andrezinho teria expressado o desejo de “dar um tiro no adolescente”, tendo um frequentador do bar, mencionado apenas como “Cléber”, levado uma arma para o que ele concluísse o prometido. De acordo com Laércio Conceição, esse indivíduo não foi plenamente identificado e qualificado até esta fase do inquérito.
No dia do crime, de posse da arma, o indiciado entrou em seu veículo Parati e saiu à procura da vítima, encontrando-a na praça Lago Azul já de madrugada, quando andava de bicicleta. O acusado conduziu o veículo subindo a rua, enquanto a vítima descia no sentido contrário. Neste momento, ele apontou a arma e disparou uma vez contra a perna esquerda, na altura da coxa da vítima. Em seguida, ele fugiu do local, informando que teria voltado ao bar para devolver a arma ao suposto “Cléber”.
A vítima pediu ajuda a vizinhos e foi socorrida em estado grave, devido à perda de sangue, e levada ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM. Cerca de 10 dias após o crime, Andrezinho se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa e confessou ter praticado o crime porque o jovem estaria realizando vários roubos e furtos nos estabelecimentos comerciais do bairro.
Neste sentido, em virtude das provas, do testemunho da vítima e da confissão do acusado, o promotor Laércio Conceição Lima pede que o juiz Ricardo Cavalcante Motta julgue procedente o pedido de pronúncia, a fim de submeter o acusado ao Tribunal do Júri.