EM ITUIUTABA

Mulher é presa por stalking após 42 boletins de ocorrência

Publicado em 20/05/2024 às 15:06
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O médico, de 47 anos, conheceu Kwara em uma consulta em 2019, e desde então, a vida da família se transformou em um pesadelo incessante (Foto/Reprodução)

O médico, de 47 anos, conheceu Kwara em uma consulta em 2019, e desde então, a vida da família se transformou em um pesadelo incessante (Foto/Reprodução)

Desde 2019, um médico e sua família enfrentaram uma batalha incessante contra uma jovem identificada como Kwara Welch, de 23 anos. Os tormentos incluíram centenas de ligações, milhares de mensagens de texto e uma série de crimes que culminaram em sua prisão no início deste mês, em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. O motivo? Stalking, o ato de perseguir alguém, seja fisicamente ou virtualmente.

O médico, de 47 anos, conheceu Kwara em uma consulta em 2019, e desde então, a vida da família se transformou em um pesadelo incessante. Relatos sugerem que a jovem, que se apresenta como modelo e artista plástica nas redes sociais, chegou a realizar até 500 ligações e enviar mais de mil mensagens de texto em um único dia para a vítima.

O terror não se limitou apenas a comunicações invasivas. Entre os 42 boletins de ocorrência registrados pela família do médico, constam crimes como perseguição, denunciação caluniosa, ameaça, perturbação do sossego, lesão corporal, extorsão e até mesmo furto. Este último, ocorrido quando a jovem agrediu a esposa do médico e roubou seu celular e a chave de seu carro, à porta da clínica do profissional. Vale ressaltar que esse incidente aconteceu mesmo após a imposição de uma medida protetiva, que exigia que Kwara mantivesse uma distância mínima de 200 metros do casal.

Os primeiros sinais de perseguição surgiram cinco anos antes, quando Kwara se tornou paciente do médico e começou a expressar sentimentos românticos por ele. Após ser retirada da lista de pacientes devido às suas ações invasivas, as ameaças se intensificaram, afetando não apenas o médico, mas também sua esposa e filho.

A saga de terror chegou ao ápice no dia 8 de maio deste ano, quando Kwara foi detida em uma universidade em Uberlândia, onde estudava nutrição. A prisão foi realizada pela Delegacia de Homicídios do município, que também apreendeu dois celulares com a suspeita no momento da detenção. Essa não foi a primeira vez que Kwara enfrentou a justiça. Ela já havia sido detida outras duas vezes por crimes como ameaça, extorsão e furto, mas acabou sendo liberada com medidas cautelares, que foram posteriormente descumpridas, levando à sua prisão definitiva.

A Polícia Civil emitiu um comunicado afirmando que Kwara foi presa com um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça de Minas Gerais. Desde então, ela permanece na ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.

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