O homem e a mãe da criança foram presos na última segunda-feira (12 de fevereiro) (Foto/Reprodução/Vídeo)
Um homem, de 40 anos, foi preso na última segunda-feira (12 de fevereiro) suspeito de obrigar o enteado a comer mato e brita no bairro Esperança, em Uberlândia, na região do Triângulo Mineiro. A ação ocorreu no estacionamento do prédio onde eles moram e foi filmada por um vizinho, que denunciou o caso para a polícia. Este homem responderá pelo crime de tortura. A mãe da criança também foi presa por omissão.
As imagens, que serão analisadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), responsável por investigar o caso, mostram o homem caminhando em direção ao canteiro do estacionamento e pegando uma quantidade de mato. Em seguida, ele vai até o garoto e ordena que ele coma. "Isso! Põe na boca e come! Mastiga!", grita.
O garoto chora, se recusa a obedecer e é agredido com um tapa no rosto pelo padrasto. Logo após o menino mastigar o mato, o homem pega britas no chão e manda a criança abrir a boca novamente. Depois que o garoto começa a mastigar o material, ele é novamente agredido com três tapas no rosto. "Cospe agora e vai deitar", ordena o padrasto.
De acordo com o vizinho que denunciou o caso, toda a ação foi acompanhada pela mãe do menino. Em depoimento aos policiais, a mulher negou o ocorrido e disse que o companheiro estaria apenas corrigindo o seu filho, sem agredi-lo. No entanto, após assistir as imagens, ela confessou o crime.
O padrasto do menino também assumiu as agressões. Ele disse que teria ficado irritado com o enteado que pediu para comer mais após "comer cinco ovos durante o almoço". Segundo relato do padrasto durante o registro do boletim de ocorrência, após recusar dar mais comida para o garoto, a criança teria dito: "você quer que eu coma o que? Mato e terra?".
A mãe do menino e o padrasto foram presos em flagrante e conduzidos para a delegacia da Polícia Civil. Segundo o boletim de ocorrência, eles afirmaram ser usuários de drogas. O caso será investigado. O garoto foi encaminhado para uma casa de acolhimento da cidade.
Fonte: O Tempo