Radares diminuem atropelamentos, mas aumentam batidas traseiras, afirma chefe da PRF
Para além do trânsito dentro da cidade, as rodovias que cortam Uberaba também sofrem com a imprudência de parte dos motoristas. Ao programa Pingo do J, da Rádio JM, o chefe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na cidade, José Rocha Neto, explica que apesar de serem efetivos para evitar atropelamentos, os radares criam novos gargalos, devido a desobediência de parte dos condutores: as batidas traseiras.
Segundo o Inspetor Rocha Neto, recentemente um redutor de velocidade foi instalado na BR-050, próximo a loja Havan. “Ali era uma região com muitos acidentes, principalmente atropelamentos, porque o pedestre insiste em atravessar pela rodovia em pontos em que não tem segurança. Nós tínhamos ali um índice grande de acidentes, de atropelamentos, instalamos esse radar ali e tivemos a redução do número de acidentes em relação a atropelamentos. Porém, nós temos aí visto um aumento do número de colisões traseiras”, conta.
Para Rocha Neto isto mostra que os motoristas não têm guardado a distância de segurança necessária entre o veículo da frente. “Esse veículo da frente reduz a velocidade para passar na lombada e o. veículo de trás colide. Por quê? Porque está em alta velocidade”, analisa o chefe da PRF.
"Então, o que que acontece? A gente instala dispositivos, mas o motorista insiste em cumprir a lei de trânsito apenas naquele ponto, mas depois ele acelera novamente. Mas nós trabalhamos com isso”, conta.
Dessa forma, as forças de segurança trabalham em um projeto pioneiro que fiscaliza a velocidade média em que os veículos cruzam o perímetro urbano da BR-050. Os aparelhos, instalados em outubro, ainda operam em formato de estudo. “Nós estamos fazendo essa fiscalização de estudo, sem autuação ainda. São radares de velocidade média, um no começo do perímetro urbano de Uberaba e vai até o final, ou seja, aquele condutor, ele vai atravessar a cidade de Uberaba pela BR, no ponto final ele precisa estar na média da velocidade”, afirma.