HOMICÍDIO

Trabalhador da construção civil é executado a tiros no Mirante

A vítima caminhava pela avenida quando foi atacada por pessoa que, possivelmente, fugiu na garupa de uma motocicleta

Carlos Paiva
Publicado em 18/07/2023 às 19:00
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Polícia Militar e perito da Polícia Civil estiveram no local para os primeiros levantamentos acerca do crime (Foto/Divulgação)

Trabalhador da construção civil, Idelfonso Gregório Lopes, 33 anos, recém-chegado do Piauí, foi morto com dois tiros enquanto caminhava pela avenida Francisco José Carvalho, no Parque do Mirante, local de pouca iluminação, na noite de segunda-feira (17). A suspeita é de que ele já vinha sendo seguido e, após ser baleado por um autor, teve o aparelho celular roubado. O autor dos disparos fugiu, possivelmente, na garupa de uma motocicleta Honda Biz escura, pilotada provavelmente por uma mulher, conforme imagens de câmeras de segurança.

O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) recebeu ligação informando que um homem havia sido baleado. Uma equipe do Tático Móvel do 4ºBPM chegou rapidamente no local e localizou a vítima caída na calçada, em decúbito ventral. Ele apresentava perfurações no corpo e estava com os olhos abertos e, aparentemente, sem vida. O local onde a vítima se encontrava caída tem pouca luminosidade e fica de frente para um terreno baldio, não havendo câmeras de segurança voltadas para o local.

O Samu foi acionado e chegou rapidamente, sendo que a médica da equipe de socorristas atestou o óbito. A Perícia Técnica da Polícia Civil foi acionada. Foi constatado pelo perito criminal que a vítima foi atingida com um projétil de arma de fogo na região do tórax e outro na cabeça (bochecha do lado esquerdo).

Com a vítima não foram localizados nenhum documento que a identificasse e nenhum pertence pessoal, com exceção de um isqueiro, que foi recolhido. O corpo foi encaminhado ao IML. No local do crime não foram encontrados cartuchos, o que sugere que a arma de fogo utilizada na ação foi um revólver, e não uma pistola.

Uma testemunha disse que estava no interior de uma igreja localizada no lado oposto da via, quando ouviu três disparos e dois gritos. Ao sair, só visualizou a vítima já caída ao solo. Através das imagens de câmeras de uma residência localizada a alguns metros do local, foi possível visualizar a vítima caminhando na calçada, sendo seguida logo atrás por outro indivíduo, possivelmente o autor dos disparos. Ele é calvo e trajava calça e camisa de manga longa com uma inscrição nas costas.

Pelas imagens, também foi possível verificar que o indivíduo que fez os disparos e matou o trabalhador da construção civil Idelfonso Gregório Lopes faz um gesto para condutor de uma motocicleta Honda Biz de cor azul, que estava do outro lado da avenida e seria responsável pela fuga do autor. O condutor da motocicleta aparenta ser uma mulher. Ela usava um capacete de cor branca e trajava blusa de manga longa de cor clara. Após receber o sinal do autor, ela efetua uma manobra de retorno e segue na mesma direção, saindo em seguida do campo de visão das câmeras.

Como a vítima não portava documentos e não estava com celular, policiais militares saíram perguntando para moradores da região se conheciam a vítima. Ninguém o reconheceu. Informaram, porém, que na rua Clodion Rezende, 188, Jardim do Lago, existia uma república só de trabalhadores da construção civil. Foi neste local que os militares descobriram que a vítima se chamava Idelfonso Gregório Lopes e que veio do Piauí para trabalhar. Ele chegou em Uberaba no dia 26 de junho passado. Foi feita busca em seus pertences e o celular não foi localizado, por isso suspeita-se que tenha sido roubado pelo homem que disparou os tiros.

Os colegas de trabalho disseram aos militares que a vítima não teve qualquer conflito ou animosidades com terceiros, mas que há alguns dias presenciaram ele discutindo com uma mulher ao telefone. Também relataram que ele tinha o costume de frequentar um bar localizado na avenida Leopoldino de Oliveira. No bar, os policiais militares falaram com o dono, sendo que o mesmo confirmou que minutos antes do fato a vítima esteve lá. Também relatou que não presenciou nenhuma briga ou desavença entre a vítima e algum outro cliente.

Equipes da Polícia Militar passaram a fazer patrulhamento na tentativa de localizar os autores, mas sem êxito até o fechamento desta matéria. O registro policial foi encaminhado à Polícia Civil, que instaurou inquérito e investiga o caso. Ainda não se sabe se o crime seria de homicídio ou de latrocínio (roubo do celular seguido de morte).

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