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Acordo de Mariana terá recursos só para a região diretamente afetada

Gisele Barcelos
Publicado em 24/10/2024 às 21:14
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(Foto/Reprodução)

Diferente do acordo de Brumadinho, a repactuação referente ao rompimento da barragem em Mariana não deverá resultar em compensação financeira para todos os municípios mineiros. O governador Romeu Zema (Novo) adiantou que o novo termo, que será assinado em Brasília nesta sexta-feira (25), prevê a indenização focada para a região diretamente afetada em Minas e, também, no Espírito Santo.

O acordo de Mariana deve somar um total de R$167 bilhões, incluindo os pagamentos já realizados pelas empresas anteriormente e, também, R$130 bilhões de recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.

Segundo Zema, foi argumentado que todo o Estado de Minas Gerais foi prejudicado com o rompimento da barragem em Mariana e deveria ser compensado igual ocorreu no caso de Brumadinho, em que a indenização foi distribuída para obras em todos os municípios mineiros e, também, investimentos em infraestrutura. “Todo o estado é prejudicado quando a atividade minerária em Minas sofre um retrocesso. Como aconteceu naquela época, a Samarco parou de funcionar, a arrecadação é prejudicada, as estradas de todo o estado ficam sem a manutenção adequada e a rede pública de saúde sofre”, disse.

Entretanto, o governador salientou que o acordo de Brumadinho foi costurado exclusivamente dentro de Minas Gerais porque envolveu um rio mineiro. Já no caso de Mariana, a questão envolve outros entes federativos e o governo mineiro tinha menos autonomia na definição dos termos. Com isso, a decisão final foi que a maior parte dos recursos da indenização será destinada à região diretamente afetada pela tragédia. “Nós temos de seguir as regras porque de certa maneira nos foram impostas, por se tratar de um rio federal, que é o rio Doce”, declarou.

Apesar da insatisfação com os termos do acordo, Zema afirmou que é necessário um desfecho para o caso com a assinatura da repactuação para compensar a tragédia em Mariana. “O certo seria que quase todos os recursos ficassem aqui porque as vítimas são mineiras. A destruição ambiental é muito concentrada em Minas Gerais. O estado do Espírito Santo sofreu um pouco, porque a água do rio chegou lá e poluiu, mas as mortes foram de mineiros. Mas nós estamos tendo um desfecho. Não é o que nós gostaríamos, mas vamos ter um acordo que tem mais de 400 páginas”, finalizou.

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